O mormaço provocado pelo sol escondido entre as nuvens, além de aumentar o calor registrado ontem, potecializou um clima de tensão latente, que parecia prestes a explodir. No mais contundente ato desde que os atrasos salariais começaram a se tornar constantes, há três meses, os servidores municipais da Educação foram às ruas para protestar pela falta do pagamento de novembro e pelo não atendimento da pauta de reivindicações da categoria que inclui enquadramento por função, mudança de nível e crédito do vale-transporte, entre outras.
No entanto, apesar da mobilização e depois de duas reuniões com representantes do governo, professores e funcionários novamente saíram de mãos vazias, sem uma solução para o impasse. Antes disso, muito suor, espera e estresse. Depois de acompanharem a sessão da Câmara e promoverem uma passeata pela Avenida Assunção, os manifestantes voltaram à praça Tiradentes e, então o clima ficou pesado.
Se no dia anterior os guardas ocuparam a sede do governo para pleitear, com sucesso, o pagamento dos salários atrasados, desta vez eles tinham ordem para não deixar ninguém entrar. Houve um princípio de confusão quando os servidores tentaram forçar a entrada na prefeitura e foi pedido o reforço da Polícia Militar. Os manifestantes ensaiaram fazer um cordão de isolamento para impedir a entrada e a saída de pessoas do prédio, mas logo desistiram da ideia. Quem tentava furar o bloqueio, no entanto, era hostilizado.
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