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Facury

Demissão na mesa: secretário coloca cargo à disposição

Facury, responsável pela Cultura, alegou falta de diálogo com movimento

21 agosto 2015 - 09h08

GABRIEL TINOCO

 

Dois dias antes do prazo fi­nal para o pagamento do Proedi (Programa Municipal de Editais de Fomento e Difusão Cultura), o secretário de Cultura, José Fa­cury, admitiu ter deixado o cargo à disposição. Facury diz que não conseguia dialogar com o mo­vimento #OcupaPrefeitura, mas foi convencido a não abandonar a pasta pelo prefeito Alair Cor­rêa (PP). Em entrevista à Folha, ele afirmou que não há data pre­vista para a publicação do edital deste ano, mas que deseja mudar o formato da próxima edição.

Folha dos Lagos – É verdade que você pediu exoneração e o prefeito não quis?

Facury – Estão sabendo mais do que eu. Disponibilizei o meu cargo porque não obtive sucesso no diálogo com a manifestação pública na praça. Conversei com o prefeito, que disse que a cul­pa não era minha e para que eu não me preocupasse com isso. Ele disse que a causa disso tudo foram os problemas financeiros enfrentados pela cidade, que, consequentemente, atrapalha­ram o cumprimento dos prazos que o governo determinou.

 

Folha – Quando será lançado o edital deste ano?

Facury – Ainda não há ne­nhuma data prevista. Primei­ramente, resolveremos o paga­mento do Proedi referente ao ano passado para depois pensar­mos no próximo. Não tem nada resolvido ainda.

Folha – Como será o formato do próximo Proedi?

Facurry – Estou fadado a trabalhar não com prestação de contas, mas com uma premia­ção. Essa proposta foi retirada da Comissão Cabo Frio 400 anos. Vamos abrir um prêmio, que é o mesmo processo que um edital. Atualmente, o Proedi é divido em faixas que as pes­soas concorrem com projetos. Nesse projeto que estou pen­sando, haveria uma indicação de premiação de eventos mais tradicionais da cidade e a co­missão escolheria os mais sig­nificativos.

Folha – Após os últimos acontecimentos, a pressão no cargo ficou muito grande?

Facury – Veja bem, não é só a Cultura em Cabo Frio que passa por uma crise. Aliás, não é só a cidade que passa por um mau momento. É o Brasil intei­ro que está em crise. O PCCR (Plano de Cargos Carreira e Remuneração) ainda colocou uma pressão imensa no gover­no. Porto Alegre, por exemplo, está parcelando o pagamento dos funcionários. Cabo Frio não chegou ainda nesse ponto. A máquina pública vive de ar­recadação.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta sexta (21)