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Debate sobre o Ensino Médio é remarcado para amanhã

Estadualização do Ensino Médio em Cabo Frio será discutida no auditório da prefeitura

23 março 2017 - 08h10
Debate sobre o Ensino Médio é remarcado para amanhã

Após um dia de manifestações contra a estadualização do Ensi­no Médio em Cabo Frio, o debate marcado na sede do Ministério Pú­blico foi adiado para amanhã: Será às 14h, no auditório da Prefeitura. A medida foi tomada para que es­tudantes, membros da sociedade ci­vil, vereadores e imprensa possam acompanhar a reunião de perto.

O prefeito Marquinho Mendes esteve presente e se mostrou mais flexível a não entregar turmas às competências do Estado.

– Vamos analisar tecnicamente. Nosso dever não é com o Ensino Médio. Mas, se tiver possibilidade, assumo a responsabilidade. Mesmo que capenga. Sempre queremos co­locar a Educação como prioridade. É um problema a discutir com o Ministério Público. Só garanto que não vou ser penalizado por isso – declara.

Enquanto isso, a Rua Francisco Mendes era tomada por estudantes que cantavam gritos contra o fecha­mento do Colégio Rui Barbosa. Os manifestantes carregavam faixas e cartazes contra a estadualização.

Os vereadores Rafael Peçanha (PDT), Aquiles Barreto (SD), Van­derlei Bento (PMB), Alexandra Codeço (PRB), Miguel Alencar (PPS) Adeir Novaes (PRB) e Jefer­son Vidal (PSC) ficaram do lado de fora do Ministério Público por falta de espaço.

No início da manhã de ontem, estudantes também estiveram na porta da Se­cretaria de Educação para pressionar o governo a vol­tar atrás. A titular da pasta, Laura Barreto, tentou con­vencer aos manifestantes que haveria um gestor ad­ministrativo para garantir que o Ensino Médio não perderia em qualidade. Sem sucesso.

– É muita mentira. Es­tão dizendo que o Estado vai dar conta das suas fun­ções constitucionais e que o Município terá um regi­me de colaborações se os alunos reclamarem. Estão dizendo que vão dar es­trutura. Estou cansada de tanta mentira – reclamou a professora Denize Alva­renga.

A diretora Márcia Mar­ques lamenta a falta de diá­logo com a secretaria.

– Não querem negociar. Disseram que vão acabar e pronto. Só nos cabe lutar. A sociedade vai querer estu­dar no Célula Mater? Por­que não tem vaga pra todo mundo no Miguel Couto – diz a diretora.

Os manifestantes acu­saram o governo de tomar uma posição autoritária.

– Nossa secretaria está pautada pelo diálogo. Tan­to que eu marquei essa reu­nião no Ministério Público. E estamos presentes. Não há sentido algum em me chamar de autoritário – re­bate Marquinho.

O estudante Gabriel Baptista, 18, estava na manifestação: ele destaca a importância do colégio municipal na formação dos moradores.

– É importante para a cidade e pelos alunos. Veja quantos formadores de opinião, quantas pessoas importantes saíram do Rui – afirma.