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Coveiros reclamam sobre atraso salarial e condições de trabalho

Além de túmulos quebrados, local tem até pé de abóbora

12 janeiro 2016 - 09h14
Coveiros reclamam sobre atraso salarial e condições de trabalho

NICIA CARVALHO

Dois mil e dezesseis já começou, mas a sensação é de que ainda estamos no ano passado. Pelo menos em Cabo Frio, com mais uma ameça de greve feita ontem pelos coveiros do Cemitério Santa Izabel, no Portinho. Além de atrasos no salário de dezembro – que deveria ter sido pago na última sexta-feira, quinto dia útil do mês –, os funcionários reclamam das péssimas condições de trabalho.

Vários túmulos quebrados, abertos, mato e até um pé de abóbora podem ser encontrados em breve caminhada pelo local. Além disso, o vestiário dos funcionários serve como depósito: há ferramentas e sacos de cimento. Ontem, um coveiro fazia exumação sem uso de máscaras.

– É um absurdo e total desrespeito o que acontece aqui. O trabalho já é insalubre e não há a menor condição de trabalho. É horrível – espantou-se Olney Viana, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Cabo Frio (Sindicaf).

Quatro coveiros de plantão afirmaram que só realizariam os três sepultamentos marcados porque foi feita promessa da Superintendência de Serviços Públicos de que o pagamento seria feito hoje. No entanto, as denúncias são inúmeras. Apesar de o 13° estar parcelado e da promessa de pagamento, há funcionários que estão há três meses sem salários.

Em relação à limpeza do local, que está coberto de mato por todos os lados, inclusive em vá- rios túmulos, funcionários afirmaram que a empresa contratada não tem feito o serviço por estar sem receber há cinco meses.

Sobre o material de trabalho, os coveiros do município – 13 profissionais que se dividem entre o primeiro distrito e o cemitério Jardim dos Eucaliptos, no Jardim Esperança – alegam que não têm equipamento de proteção individual, como máscaras e óculos, e usam apenas um carrinho de mão, que está com pneu quebrado (os outros dois, sem alça, foram jogados fora). Também não há água (o bebedouro foi retirado há mais de seis meses pela prefeitura e não voltou) ou papel higiênico. 

*Leia a matéria completa na edição impressa da Folha dos Lagos desta terça-feira.