NICIA CARVALHO
O prefeito Alair Corrêa (PP) se reuniu no fim da tarde da última terça-feira com o secretário de Saúde Carlos Ernesto Dornellas, diretores de hospitais e chefes de diferentes unidades para anunciar possíveis cortes, desta vez ainda mais drásticos, na pasta, caso o empréstimo a título de antecipação dos royalties não saia até outubro.
– Não participei da reunião, mas soube por colegas da Câmara que ele se reuniu para informar que teria que adotar medidas radicais caso não consiga a verba. Ele (prefeito) diz a todo instante que vai sair, mas conversei esta semana com o superintendente estadual da Caixa (Econômica) e ele me informou que não há negociação em andamento com o banco credor, que no caso é o Goldman Sacks, e que não era prioridade do banco nacional essa negociação – explicou o vereador Aquiles Barreto (SD).
Caso o empréstimo não saia, entre as medidas anunciadas na reunião estão corte de pelo menos mil servidores, fechamento de hospitais como o de Tamoios, Unidades de Pronto Atendimentos (UPA) devolvidas à administração do Estado, entre outros. No caso da UPA do Parque Burle, que tem problemas recorrentes de falta de medicamentos e até material para curativo, cogita-se o encerramento do turno da noite, que atualmente é das 23h às 8h. A justificativa dada pelo prefeito no encontro para adoção destas medidas seria o alto custo da folha de pagamentos e dos gastos de manutenção, que aliados à queda na arrecadação dos royalties, formam o cenário nada favorável para o gestor. Nesta quinta-feira (24), a Prefeitura recebeu R$ 9,7 milhões referente a parcela de setembro dos royalties.
A despeito da queda na arrecadação, são frequentes os problemas na saúde. No Hospital São José Operário não há respirador e o Hospital Municipal da Criança poderá atender as emergências pediátricas.
*Leia a matéria completa na edição impressa desta sexta-feira (25)