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crise saúde

Corte de pessoal reduz atendimento no Centro de Reabilitação do Jardim

Sete fisioterapeutas foram cortados do quadro regular; pacientes são atendidos com intervalo maior entre as sessões

07 maio 2015 - 09h43Por Nicia Carvalho
Corte de pessoal reduz atendimento no Centro de Reabilitação do Jardim

            O Centro de Reabilitação do Jardim Esperança, em Cabo Frio, está funcionando com menos sete fisioterapeutas desde ontem. Os cortes ainda são reflexo das medidas anunciados pelo prefeito no final de março, com o chamado pacote anticrise, deflagrado por conta da queda na arrecadação dos royalties do petróleo. Por conta da redução de pessoal, pacientes são remanejados para outros profissionais e o intervalo entre as sessões também ficou maior.

É o caso do aposentado Milton de Oliveira, 68, morador do Monte Alegre, que faz tratamento para cervical e coluna lombar desde 2003 e que agora passou a fazer duas sessões por semana. Antes era de três a quatro.

– Não fiquei sem atendimento, mas o intervalo aumentou. É ruim porque meu caso é crônico e as dores voltam logo quando fico sem tratamento. Tenho que fazer fisioterapia sempre – contou.

A ajudante de cozinha Marli Barbosa Cabral, 50, está na mesma situação. Com dores provocadas por uma hérnia de disco, além da artrose no joelho e uma bursite no ombro direito, a fisioterapia é o que alivia as dores, junto com a medicação. No entanto, ontem foi a última, das dez sessões recomendadas pelo ortopedista.

– O tratamento ajuda, mas tenho que continuar porque quando eu paro as dores voltam. Dez sessões foram pouco. Para piorar, com menos profissionais e também médicos, não sei quando vou conseguir retomar as sessões – lamentou.

De acordo com a administradora do Centro de Reabilitação, Rilva Vieira dos Santos, a unidade está funcionando normalmente, de segunda a sexta, de 8h às 17h, apesar de contar com menos profissionais no quadro regular. O remanejamento de pacientes e o período maior de intervalo segundo ela, foram as saídas encontradas para não paralisar o tratamento dos usuários.

– A demissão não atrapalhou muito, realocamos funcionários e pacientes, mas acaba fazendo falta. O importante é que o tratamento não foi interrompido – contemporizou.

Com os cortes, em média cerca de cinco profissionais trabalham diariamente no Centro, em regime de escala, e em setores diversos de atendimento, como neurologia, RPG e trauma. Em abril foram feitos 1.637 atendimentos.

 

*Matéria completa na edição impressa da Folha dos Lagos desta quinta.