No retorno do Cidade Viva, a secretária de Turismo, Fabíola Bleicker, ouviu os pedidos de setores da sociedade cabofriense e revelou que a primeira medida a ser tomada será a criação de um conselho municipal de Turismo. A proposta será avaliada antes de ser encaminhada à Câmara dos Vereadores. Além disso, foram debatidas questões como a regulamentação das casas de temporada e a inauguração de um centro de convenções. O evento aconteceu na sede da Folha dos Lagos, no Centro, na manhã de ontem.
Além da secretária, compuseram a mesa o assessor da Prolagos, Ricardo Azevedo, o Cacá, o vereador eleito Rafael Peçanha e a presidente do Convention Bureau, Maria Inês Oliveros.
– Tivemos reunião, com apoio do Sebrae, para elaborar um projeto de lei que será entregue ao futuro gestor. Entreguei o documento ao Magno para ele, ao lado do prefeito, fazer uma avaliação. Teremos um fundo municipal para dar as melhores diretrizes ao Turismo da cidade. É um projeto amplamente discutido. O conselho é o primeiro passo – afirma.
O vereador Rafael Peçanha (PDT) aproveitou para aconselhar à futura secretária a também criar o fundo municipal dentro do projeto de lei.
– Investimento em Turismo é uma das salvações dessa cidade. No meu entendimento, o projeto já deveria ir ao Legislativo com a proposta do fundo. De repente, já mata tudo de uma vez. A recriação do conselho e a criação do fundo são fundamentais. Tenho consciência que devemos superar diferenças políticas e partidárias pelo bem de Cabo Frio. Nosso comprometimento será total – diz.
O vereador também quer que o projeto determine quem vai gerir o fundo municipal.
– O fundo tem que vir com as especificações de quem vai geri-lo. No caso, sempre o conselho. Não adianta encaminhar um projeto com um ‘fundo fantasma’ – completa.
A secretária também abordou temas como a regulamentação das casas de temporada e dos ônibus de turistas.
– Tivemos algumas discussões com o trade turístico sobre isso. Regulamentar é fundamental para que haja maior fiscalização. Poderei ter uma noção melhor da quantidade de pessoas que chegam na cidade – explica ela, que aguarda um total de 700 mil turistas em Cabo Frio neste final de ano, e também deseja a criação de um centro de convenções.
– Um centro de convenções tem que sair. Marquinho Mendes já fez reunião com o ministro do Turismo. Mas nós teremos que refazer o projeto. Não será construído de uma vez. Vai ser um processo por etapas.
A empresária Patrícia Cardinot demonstrou preocupação com a Praia do Forte.
– O que me preocupa é a funcionalidade da Praia do Forte. Não tem acessibilidade para os deficientes. Estou vendo uma praia morta. Não há um campeonato de vela, de jet ski, de stand-up paddle... A praça de skate também precisa da Guarda Municipal – opina.
Da plateia, o presidente do Sindicato dos Empresários de Hotéis e Restaurantes, Carlos Cunha, questionou como seria implantada a lei de incentivo fiscal.
– A última lei de incentivo aqui na cidade era só para empresas novas. Com isso, o empresário mais antigo ficou com uma desigualdade muito grande. Ficou praticamente impossível disputar com as empresas novas.