A comunidade escolar do Rui Barbosa decidiu protestar nesta tarde em frente à Secretaria de Educação. Os manifestantes temem que a redução prometida pela Prefeitura seja feita em cima do número de turmas abertas no primeiro ano em 2016, que foram oito, e pedem que o corte leve em conta o número médio de turmas nos outros anos, que é dez. Segundo eles, a Secretaria de Educação, no entanto, não deu nenhuma resposta até o início da plenária. A partir das 14h, em protesto, eles se concentram na porta do colégio e marcham até a porta da Secretaria, no Centro.
A diretoria do Rui Barbosa havia marcado a plenária justamente porque esperava os dados da Secretaria de Educação. Os manifestantes garantem que aceitam, no mínimo, seis turmas abertas.
– O histórico do Rui Barbosa sempre foi de ter 10 turmas de primeiro ano. Não sabemos se eles vão calcular em cima desse número. Não podemos aceitar a proposta. Trabalho há 25 anos na Prefeitura e nunca fui tratada com tanta falta de respeito – desabafa a diretora Márcia Marques.
A professora Denize Alvarenga acusa a Secretaria de Educação de não dar nenhuma satisfação sobre os números da estadualização.
– É uma falta de respeito com a comunidade escolar e com os alunos e responsáveis, que compareceram na plenária. Olha que fiz contato, tentei falar, mandei mensagem, mas fui desconsiderada – critica.
Um dos mais indignados era o professor de História José Américo, o Babade, que pede mais atenção aos estudantes.
– O verbo que eles conjugam, durante a campanha, para falar sobre Educação é investir. Quando assumem o poder, a Educação vira custo. Aquela frase é certa: fecha-se escola e abre-se presídio – dispara.
Já o vice-diretor, Carlos Antônio Araújo, não vê vontade política por parte do governo.
– Eles (governo) estão nos cozinhando. Não aceitei acordo nenhum. Ninguém nos dá satisfação.
A Folha tentou entrar em contato com a Prefeitura, mas as ligações não foram atendidas.