O impacto inicial de assumir a cidade em meio a um caos administrativo já passou, mas a ordem pública para o restante da alta temporada ainda é uma preocupação para autoridades e empresários. Mais uma vez, a questão foi o pano de fundo do ‘Cidade Viva Verão’, que ontem teve como temas o comércio informal e o trânsito de Cabo Frio. Esse foi o terceiro painel do projeto da Folha que começou em 2016.
De cara, o presidente da Associação Comercial e Industrial (Acia), Eduardo Rosa, reclamou do que chamou de ‘concorrência desleal’ dos informais com os comerciantes que estão com a situação regularizada.
– O governo tem as ferramentas para coibir esse processo. Não podemos deixar que Cabo Frio vire uma cidade sem lei porque todos vamos sair perdendo. É inadmissível se encontrar 10, 20 vendedores de gelo em cada esquina e diversos food trucks estabelecidos em qualquer área – disse.
Aliás, o comércio de alimentos sobre rodas foi assunto de destaque no encontro. De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Cláudio Bastos, existem hoje 23 veículos do tipo em Cabo Frio, a maioria sem licença para funcionar. Por conta de um decreto do prefeito Marquinho Mendes, foram todos notificados e devem ser fechados em até dez dias.
– Entendo que é correto (notificar), pela forma que nós herdamos a cidade, mas o food truck é uma realidade. A gente tem que ordenar e trazê-los para a formalidade – disse o secretário.
O debate teve grande participação do público, tanto do que compareceu ao auditório da Folha como o que acompanhou a transmissão ao vivo pelo Facebook. E foi da internet que veio a pergunta que estimulou uma longa explanação do secretário de Mobilidade Urbana, Mauro Branco, sobre o estacionamento no Jd. Caiçara.
– A gente está passando por um momento de reestruturação. Temos que trabalhar numa lógica de planejamento e a gente vai alcançar o Caiçara, mas para isso eu preciso de placas, porque sem placas eu não vou conseguir impedir o estacionamento nas ruas.