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Ensino Médio

Colégio Rui Barbosa não terá vagas para a comunidade

Medida atinge todo Ensino Médio e pode significar fechamento da tradicional escola

26 novembro 2015 - 09h44

Um duro golpe nas pretensões da comunidade estudantil do Colégio Rui Barbosa, que luta para manter a unidade na rede municipal de ensino. Na manhã de ontem, em reunião na Secre­taria Municipal de Educação, a Comissão de Matrículas infor­mou à diretora Márcia Marques que, já para o ano que vem, não serão mais abertas inscrições à comunidade para as vagas que restarem do atual sistema de ad­missão, onde os alunos de me­lhor desempenho do último ano do Ensino Fundamental são in­dicados para a unidade.

A medida se estenderá para as demais escolas do Ensino Médio Municipal – Elza Maria Santa Rosa Bernardo, no Jardim Esperança; Marli Capp, em Unamar; Escola Agrícola Nilo Batista e a Educação de Jovens e Adultos do Edílson Duarte. A decisão, que não se restringe ao 1º ano, está sendo encarada pe­los profissionais de ensino e pela comunidade estudantil do Rui Barbosa como o ‘início do fim’ da tradicional escola do centro da cidade.

– Um integrante da Comissão informou que não abriremos va­gas para novos alunos em 2016. Questionei se, por exemplo, ti­vermos uma turma com 15 alu­nos somente, se poderíamos abrir vagas para completar a tur­ma, já que o gasto seria o mes­mo. A resposta foi: é para acabar mesmo com o Ensino Médio – lamenta Márcia Marques, que contou que saiu da reunião pro­metendo resistir (“Vamos lutar”, prometeu).

A notícia caiu como uma bomba no fim do ano letivo, ge­rando uma série de críticas nas redes sociais e criação de grupos no WhatsApp para debater o as­sunto. Professores e estudantes prometem continuar a mobili­zação, iniciada em outubro, des­de que o Ministério Público fez uma recomendação para que a prefeitura passe para o Estado as escolas de Nível Médio, confor­me prevê a Constituição Federal.

O problema é que, em grave crise financeira, o próprio go­verno estadual admite que não tem condições de absorver es­ses gastos, comprometendo-se a reorganizar as finanças para receber de volta as unidades apenas em 2017.

– Vamos lutar muito. Isso fere a Lei Orgânica do município - declarou a professora Denize Alvarenga.  

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (26)