Um duro golpe nas pretensões da comunidade estudantil do Colégio Rui Barbosa, que luta para manter a unidade na rede municipal de ensino. Na manhã de ontem, em reunião na Secretaria Municipal de Educação, a Comissão de Matrículas informou à diretora Márcia Marques que, já para o ano que vem, não serão mais abertas inscrições à comunidade para as vagas que restarem do atual sistema de admissão, onde os alunos de melhor desempenho do último ano do Ensino Fundamental são indicados para a unidade.
A medida se estenderá para as demais escolas do Ensino Médio Municipal – Elza Maria Santa Rosa Bernardo, no Jardim Esperança; Marli Capp, em Unamar; Escola Agrícola Nilo Batista e a Educação de Jovens e Adultos do Edílson Duarte. A decisão, que não se restringe ao 1º ano, está sendo encarada pelos profissionais de ensino e pela comunidade estudantil do Rui Barbosa como o ‘início do fim’ da tradicional escola do centro da cidade.
– Um integrante da Comissão informou que não abriremos vagas para novos alunos em 2016. Questionei se, por exemplo, tivermos uma turma com 15 alunos somente, se poderíamos abrir vagas para completar a turma, já que o gasto seria o mesmo. A resposta foi: é para acabar mesmo com o Ensino Médio – lamenta Márcia Marques, que contou que saiu da reunião prometendo resistir (“Vamos lutar”, prometeu).
A notícia caiu como uma bomba no fim do ano letivo, gerando uma série de críticas nas redes sociais e criação de grupos no WhatsApp para debater o assunto. Professores e estudantes prometem continuar a mobilização, iniciada em outubro, desde que o Ministério Público fez uma recomendação para que a prefeitura passe para o Estado as escolas de Nível Médio, conforme prevê a Constituição Federal.
O problema é que, em grave crise financeira, o próprio governo estadual admite que não tem condições de absorver esses gastos, comprometendo-se a reorganizar as finanças para receber de volta as unidades apenas em 2017.
– Vamos lutar muito. Isso fere a Lei Orgânica do município - declarou a professora Denize Alvarenga.
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