GABRIEL TINOCO
Não faz muito tempo que a servidora Maria Conceição Santos Silva, 53, precisou ficar apenas de calcinha e sutiã para passar pelo detector metálico na Caixa Econômica. Dez dias após o escandaloso caso, as reclamações e constrangimentos de clientes são recorrentes na agência da Avenida Assunção, no centro da cidade. As confusões entre correntistas barrados na porta de segurança e funcionários continuam no banco.
Um armário foi instalado para ajudar a guardar objetos detectados pela porta metálica. A gerência do banco disse que o pedido havia sido solicitado antes do caso de Maria Conceição da Silva, em março passado. Os funcionários ouviam frequentemente piadas de mulheres que ‘ameaçavam’ tirar a roupa.
Uma das mais indignadas com o sistema de segurança era a dentista Angélica Fonseca, 38. Ela não tinha como botar a bolsa no armário.
– É necessário ter uma moeda de R$ 1 para abrir o armário. Eu não tinha. O banco teve que providenciar uma moeda. É um constrangimento enorme. Tive medo de perder posição na fila.
A autônoma Tamires Teixeira, 27, precisou tirar vários objetos da mochila da filha.
– Precisei recolher roupas da mochila da minha filha. Saí com tudo em mãos. Isso foi uma humilhação para mim – finaliza.