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Chuva adia evento em homenagem à Rayzza Ribeiro

Tributo à jovem assassinada há quase um ano será remarcado

20 maio 2017 - 14h08Por Gabriel Tinoco I Foto: Reprodução
Chuva adia evento em homenagem à Rayzza Ribeiro

O organização do evento #SomosTodosRayzza, que aconteceria neste sábado (20), na Praça de São Cristóvão, decidiu adiá-lo em função das fortes chuvas que castigam a região desde sexta (19). A nota data para o tributo à jovem assassinada em 22 de maio do ano passado ainda será divulgada.

O caso ganhou muita repercussão e foram feitas manifestações em São Pedro e Cabo Frio contra o feminicídio. Um grupo de amigos da vítima, inclusive, tomou a iniciativa e conseguiu imagens da jovem ao lado de um homem pouco antes do crime ter acontecido. Nesta sexta (19), a Folha durante todo dia, tentou entrar em contato com a 125ª DP (São Pedro), mas as ligações não foram atendidas. E a sensação que resta às mulheres é de impunidade.

– A maioria dos casos de violência contra a mulher são esquecidos e não resolvidos. É como se não houvesse uma importancia para essas denúncias. Diariamente, mulheres são mortas, vitimas do feminicidio. O caso da Rayzza veio para não deixar a populaçao esquecer que isso é contínuo na sociedade – comenta a estudante Chantal Campello, 18.

Amiga de longa data da vítima, a analista Laís de Leon, 22, teme pela falta de segurança.

– Neste país, nada se resolve. Tudo é levado de qualquer jeito. As pessoas são cada vez mais descartáveis. Penso que, se algo desse tipo acontecer comigo ou com alguém da minha família, nada será feito. Estou cansada de pensar nessas coisas, de ter medo, de ver o quanto somos injustiçados e perceber, de uma forma tão dolorida, que não estamos seguros – desabafa.

Para a estudante Isabelle Nogueira, 16, que integra o Movimento de Mulheres da Região dos Lagos e comparecerá ao protesto, há um descaso enorme com a violência contra a mulher.

– Todas as mulheres estão à mercê dessa sociedade machista e opressora. Se hoje na Região dos Lagos são registrados inúmeros casos de violência contra a mulher e feminicídio, é porque não existe impunidade. Não vai ser numa sociedade como essa que as mulheres vão ser realmente livres. A impunidade deixa explícito o descaso que a Polícia, o Governo e a sociedade têm com a violência e a morte das mulheres – critica.