Não há mais vagas no Cemitério Santa Izabel, o mais tradicional de Cabo Frio, no Portinho. Para resolver essa questão, o coordenador de Serviços Públicos, Carlos Augusto Gonçalves, está fazendo um levantamento para ver quais corpos poderão ser exumados na unidade para abertura de vagas.
Segundo ele, a culpa da lotação é do perpetuamento de quase 500 jazigos no governo Alair Corrêa.
– Perpetuaram muito mais do que deveriam. Não consegui sepultar três pessoas no Santa Izabel hoje (ontem). Os corpos foram mandados para o cemitério do Jardim Esperança – conta.
Agora, o coordenador quer levantar todas as datas em que os corpos foram sepultados para ver os que são aptos à exumação.
– Nós podemos retirar um cadáver entre três e quatro anos. Antes disso, não. Estamos fazendo o controle e teremos a data de quando a pessoa foi sepultada. Queremos ver quem poderemos exumar para abrir vaga. Mas, antes disso, temos que comunicar as famílias – comenta.
Carlos Augusto também acredita que o levantamento será útil para cobrar os inadimplentes.
– Há muita inadimplência. Tem muito cadáver irregular, pessoas que não pagam as taxas anuais ao cemitério, por exemplo. Após o levantamento, vamos tomar as providências – promete.
A falta de vagas preocupa por uma possível lotação no Cemitério Jardim dos Eucaliptos, no Jardim. Mês passado, 70 sepultamentos foram realizados lá, enquanto somente 30 pessoas foram enterradas no Portinho.
Reformas – A Prefeitura divulgou ontem à tarde que os dois cemitérios estão recebendo obras de revitalização durante este mês. Em ambas as unidades estão sendo feitos serviços de roçada, limpeza geral nas partes internas e externas, além da manutenção dos banheiros.
No Santa Izabel, também foi recuperada a iluminação da capela. Já no cemitério do Jardim Esperança foram feitas pintura e reforma da área administrativa.
– Demos uma arrumada no Jardim dos Eucaliptos. Antes, dava até medo chegar ao cemitério. Hoje, posso afirmar que se encontra em melhores condições do que o Cemitério Santa Izabel. No Cemitério Santa Izabel, ainda falta arrumar muita coisa – diz.
