Delegado Renato Mariano é quem conduziu investigações da parte da Polícia Civil
O caso da morte da jovem Maria Luisa, 10, decapitada por uma lancha na Praia do Forte, em Cabo Frio, não terá mais novidades até o ano que vem. O delegado Renato dos Santos Mariano afirmou que o processo, que tramita na Vara Criminal, não voltou à 126ª DP (Cabo Frio). O titular prevê que o retorno aconteça na primeira semana de janeiro: ou para continuar a investigação ou para efetivar a prisão do acusado Nostradamus Soares Pereira.
No momento, o delegado tem em mãos apenas o exame pericial que descreve as embarcações. De acordo com Renato, as condições do mar podem alterar o resultado do laudo.
– O exame pericial das embarcações já está pronto. Mas o exame não foi feito na água. A vistoria foi feita no porto, onde elas estão apreendidas. Foi uma decisão do delegado que estava aqui – disse, referindo-se ao antecessor Milton Siqueira.
No entanto, mesmo sem a perícia ideal, o delegado recorrerá a Marinha para obter um parecer mais técnico.
– A Marinha é a autoridade marítima no Brasil. Toda questão técnica é ela que irá nos auxiliar. É um assunto técnico relativo à condição de navegação, à autorização para navegação. É uma situação específica porque ocorreu no mar – explica.
Entenda o caso – O atropelamento aconteceu no último dia três, quando Maria Luisa andava de banana boat com os pais de uma amiga. O acidente chocou a Região dos Lagos e os internautas pediram a punição do atropelador nas redes sociais.
Os bombeiros se mobilizaram nas buscas pelos restos mortais da menina. Na ação conjunta, 25 soldados do 18º Grupamento Bombeiro Militar, 12 agentes da Capitania dos Portos, três botes e três jet skis encontraram par¬tes do corpo de Maria Luisa.
A Polícia Civil ouviu depoimentos de pessoas que falaram que Nostradamus cortou para a esquerda – manobra proibida pelas leis de navegação. Muitas pessoas também relataram que o acusado tinha antecedentes com manobras proibidas com a lancha, que quase ocasionaram atropelamentos.