Com a campanha eleitoral a todo vapor, é praticamente impossível sair de casa e não se deparar com dezenas de placas e cabos eleitorais empunhando bandeiras ou distribuindo santinhos de candidatos. É uma das formas mais antigas e tradicionais de propaganda política.
No entanto, ainda que de forma tímida se comparada à ostensividade da campanha nas ruas, cresce um novo tipo de militância, cada vez mais difundida: a virtual, na telinha de computadores, celulares e tablets.
Se na cidade, o que conta é o contato direto com o eleitor e o apelo visual; a internet representa a possibilidade de difundir as propostas e o trabalho dos postulantes a um cargo eletivo no próximo dia 5 de outubro, dado que na propaganda eleitoral de rádio e televisão, o tempo de cada um é de aproximadamente 30 segundos.
Na busca por mais curtidas e seguidores, ou melhor, dizendo, votos e eleitores, as estratégias são semelhantes. Divulgação da agenda, dados biográficos, trabalho em possíveis mandatos anteriores e principalmente fotos, muitas fotos de panfletagens e caminhadas. A principal aposta é no alcance, repercussão e interatividade das redes sociais. Praticamente todos os candidatos possuem uma página ou, ao menos, um perfil.
Não por coincidência, duas das campanhas mais ricas e estruturadas, as do deputado estadual Paulo Melo, que busca seu sétimo mandato e a do ex-prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, ambos do PMDB, são as que possuem o maior número de ‘curtidas’ em suas páginas oficiais: 36.755 e 20.849, respectivamente (até o fechamento dessa edição).
Fecham a lista dos ‘top 5, Bernardo Ariston, do PR, com 12.024 ‘curtidas’; o pedetista Janio Mendes (11.213) e o verde Alfredo Gonçalves (10.094).
O atual presidente da Alerj também se destaca no Twitter, mídia ainda não muito bem explorada pelas cúpulas de campanha dos candidatos. Melo tem ‘ apenas’ 4.579 seguidores, números modestos, se comparado ao universo de potenciais eleitores.
Ainda assim, um desempenho extraordinário, comparado aos de seus concorrentes Gonçalves e do vereador Aquiles Barreto (SD), por exemplo, com três e 95 seguidores, respectivamente.
Naturalmente, há espaço para peculiaridades. Nas páginas dos candidatos e adversários Silas Bento e Fernando do Comilão, do PSDB, por exemplo, algumas das postagens são de cunho religioso e de auto-ajuda. Daqui a menos de um mês, os eleitores fluminenses saberão quem transformará apoio virtual em voto.