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Cancelamento de shows no aniversário de Cabo Frio causa indignação e gera rusgas no governo

Evento foi embargado pelo Ministério Público por falta de documentação

14 novembro 2019 - 11h18Por Redação

Gerou indignação na cidade o cancelamento de shows que seriam realizados no aniversário dos 404 anos de Cabo Frio. O embargo foi determinado pelo Ministério Público, devido à falta de autorizações necessárias para a realização do evento. A festa, segundo denúncia encaminhada para o MP, seria para 100 mil pessoas, enquanto a prefeitura disse, em nota oficial, que aguardava público de 20 mil. 

Foram cancelados os shows do cantor Diogo Nogueira e da banda Rabuja, na quarta-feira (13). Também não houve programação, na noite de aniversário, em Tamoios. 

A prefeitura divulgou que os gastos com os artistas seriam arcados pela iniciativa privada. No entanto, há também os custos com a estrutura. A prefeitura firmou contratos de iluminação, geradores, banheiros e palco, conforme consta em jornal que publica os atos oficiais do municípío. O valor total é de R$ 286.211,50.

O cancelamento também gerou rusgas internas na prefeitura. Em publicação no Facebook, o vice-prefeito Felipe Monteiro parabenizou o Ministério Público pelo cancelamento do show e criticou o superintendente de Eventos, Clóvis Barbosa. A opinião do vice-prefeito, que preferia evitar críticas públicas, externa sua instatisfação com aspectos do governo. Para ele, Adriano é cercado por "hienas".

"Não é denúncia anônima, é amadorismo. Colocaram uma criança na Superintendência de Eventos. Infelizmente o Prefeito é cercado por algumas hienas que o sabotam e querem se locupletar politicamente da cidade de Cabo Frio. Parabéns ao Ministério público pelo cancelamento do show. Não é momento de comemorações. É momento de orações, reflexões e trabalho!". postou. 

Líder da oposição na Câmara, o vereador Rafael Peçanha creditou o cancelamento à  "fragilidade administrativa e a insegurança institucional do governo". Ele requereu na Câmara detalhes da parceria iniciativa público-privada para a realização do evento. "A fragilidade administrativa e a insegurança institucional do governo Adriano ficam evidentes quando o Ministério Público acata denúncia e cancela o show do aniversário da cidade, contratado por uma pseudo-parceria com empresários que não existem, que pagam shows sem contrapartida, no momento em que empreendedor algum tem dinheiro, diante da parca economia do país", escreveu.