Movimento antecipado pela Folha na edição do último sábado, a formação do bloco suprapartidário com 13 vereadores de Cabo Frio começa a dar dor de cabeça para o governo. Ontem, com a ausência dos parlamentares da base aliada, foi aprovado sem dificuldades um requerimento pedindo ao prefeito Alair Corrêa o envio de cópia do termo de autorização de uso do Terminal dos Transatlânticos pela empresa Plataforma CDC Transporte Viagens e Turismo Ltda – ME. O chefe do Executivo tem um prazo de 30 dias a partir do recebimento do documento para enviar as informações solicitadas pelos vereadores.
Pelo acordo, firmado em novembro, a firma que faz o receptivo do píer deixará de repassar a taxa de embarque de US$ 9 por pessoa (cerca de R$ 35, na cotação do dólar de ontem, a R$ 3,88) até 31 de março de 2016, período que coincide com a alta temporada. Segundo os vereadores, com o alto movimento previsto para o verão, isso representaria uma renúncia de receita de mais de R$ 3 milhões, valor suficiente para oxigenar os combalidos cofres da prefeitura municipal.
Segundo o vereador Fred (PDT), principal articulador da iniciativa, que logo ganhou o apoio de todos os colegas, com exceção do clã Corrêa e do líder do governo Taylor Jasmin (PRB), é preciso conhecer detalhadamente os termos do contrato, inicialmente considerado lesivo às finanças municipais.
– Numa época como essa, que precisamos de arrecadação, como se pode abrir mão desses recursos? Independente de desembarcar ou não aqui, essa taxa já é embutida na passagem. Dependendo do número de turistas, a perda pode chegar a R$ 7 milhões. A gente sabe que o movimento de turistas é bom para taxistas e para o comércio. Não se trata de querer prejudicar, mas precisamos saber o teor desse contrato para a gente analisar – disse o pedetista.
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