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Cabofriense viaja mais de 8 mil km para acompanhar a Copa do Mundo

Daniel Rodrigues Thomazelli garante: "foi uma experiência incrível"

30 junho 2014 - 17h19Por Gabriel Tinoco
Cabofriense viaja mais de 8 mil km para acompanhar a Copa do Mundo

Daniel Rodrigues Thomazelli sempre amou futebol. Tanto que, aos 22 anos, o cabofriense não iria perder a oportunidade de ver os ídolos em campo na Copa do Mundo Brasil. Em uma maratona atlética, ele assistiu à sete partidas junto com a namorada. Percorreu 8715 quilômetros, num total de 16 horas de voo. Daniel garante que não sente nenhum arrependimento e afirma: "foi uma experiência foi incrível".

– A experiência é realmente mágica, um verdadeiro sonho de infância sendo realizado. Imaginava que apenas veria grandes jogadores se enfrentando, mas é muito mais do que isso. É uma sensação única se deparar com coreanos, russos, chilenos, argentinos, japoneses, italianos... Todos esses estrangeiros fazendo festa pelos estádios dentro do nosso país. Estou curtindo muito esse evento mágico que é a Copa do Mundo. A melhor lembrança até aqui é a do sentimento que bate quando estou sentado nas arquibancadas bem próximo ao campo. A ficha demora muito a cair. Posso ver que estou definitivamente vivendo uma Copa do Mundo. Toda essa jornada está valendo a pena. Não tem preço.

 Nem os momentos em que passou longe do estado do Rio de Janeiro fizeram com que Daniel escapasse das brincadeiras de amigos. O torcedor do Fluminense foi comparado ao vocalista da famosa banda de rock Rolling Stones. O inglês Mick Jagger ficou conhecido como pé frio porque não acertou nenhuma aposta que fez na Copa do Mundo de 2010. Daniel foi mais além do que o astro da música – vestiu antes de cada jogo justamente a camisa da seleção derrotada. Ele manteve o bom senso de humor, mas não perdeu a oportunidade de se defender.

–A brincadeira começou logo na estreia do Uruguai, que foi a primeira partida  que assisti. Desde então, percebi que todo mundo está me chamando de pé frio. Realmente, a brincadeira pegou. Visto uma camisa para ir ao jogo porque me identifico mais com uma seleção do que com a outra. Sinceramente, não ligo para a derrota das minhas seleções favoritas. Em Copa do Mundo, independente de quem ganhar, quero ver grandes exibições dos dois times que entram em campo. E, felizmente, só vi grandes jogos até agora. É uma triste coincidência ver os retrospectos negativos das seleções que torço, mas os resultados inesperados têm ocorrido com frequência na competição. Portanto, não sou o azarento no final da história.

A Copa do Mundo presenteia os brasileiros com uma enorme variedade de excelentes jogadores. Só que Daniel não esconde a preferência pelos craques mais experientes: Frank Lampard, Diego Forlán e Steven Gerrard são os nomes citados por ele.

 – Sim, tive a oportunidade de ver de perto o craque uruguaio Diego Forlán, eleito o melhor jogador da última Copa do Mundo. Valeu muito a pena viajar para Belo Horizonte para ver os ingleses Lampard e Gerrard, que sempre foram muito regulares e mostraram qualidade durante toda a carreira. O Iniesta desfilou habilidade nos gramados do Ma-racanã e essa foi uma experiência única. Ainda poderia ter visto o Xavi atuar, mas nessa ficou só a frustração por ele não ter entrado na partida. A Copa é a chance que temos de ver esses craques jogarem pertinho e dentro da nossa casa – comenta. 

A eliminação da atual campeã, a Espanha, é mais um momento inesquecível para Daniel. A Fúria, como é conhecida a seleção espanhola, perdeu para o surpreendente Chile por 2 a 0 e deu adeus à maior competição. Segundo ele, a invasão da torcida chilena fez com que a partida ficasse mais emocionante ainda. 

– O melhor jogo que assisti foi a vitória do Chile sobre a poderosa Espanha no Maracanã. A eliminação de uma seleção que dominou o cenário do futebol mundial neste início de década e a qualidade técnica dos jogadores das duas equipes foram muito importantes. Mas o clima que só o Maracanã proporciona foi o fator principal para a minha escolha. O estádio é mágico. E a invasão dos torcedores chilenos, que queriam ver a seleção em campo de qualquer maneira, foi emocionante. O Maracanã tremeu com as duas torcidas e me fez lembrar muito um Fla-Flu com casa cheia. O Maracanã é único mesmo em dias de Copa do Mundo.

Daniel e a namorada, Laísa Lima, também de 22 anos, são donos de uma agência de viagens em Cabo Frio. Eles aproveitaram a excursão para conhecer novas cidades e ver quais serão os melhores destinos para o turista.

–Apesar de nós sermos bastante envolvidos com o turismo, a programação para essa viagem foi pensada exclusivamente na paixão pelo futebol. Mas as coisas acabam se interligando e tivemos ótimas experiências para conhecer novos destinos e testar os serviços aéreos e receptivos. Conhecemos os aeroportos que estão reformados devido à Copa e também observar o que cada cidade pode oferecer para o turista. Sem dúvidas, a paixão pelo futebol acabou contribuindo para o enriquecimento das nossas experiências profissionais.