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Cabo Frio perde 549 vagas no primeiro quadrimestre

Marca é mais do que o dobro do resultado no mesmo período do ano passado

05 junho 2019 - 10h13
Cabo Frio perde 549 vagas no primeiro quadrimestre

RODRIGO BRANCO

Durante a coletiva de imprensa em que falou da reforma administrativa, o prefeito de Cabo Frio, Adriano Moreno (Rede) falou da necessidade de o governo gerar empregos no município. No que depender da realidade apresentada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia isso não será uma das tarefas mais fáceis. Nos primeiros quatro meses do ano, o município perdeu 549 postos formais de trabalho, isto é empregos com carteira assinada. O resultado é a diferença entre o número de contratações e de demissões no período.

A marca é mais do que o dobro do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 267 vagas de emprego foram extintas na cidade. No primeiro quadrimestre deste ano, as empresas de Cabo Frio admitiram 4.601 pessoas e demitiram 5.150. Este é o maior número de dispensas registradas desde 2017 para os quatro primeiros meses do ano no município.

O índice negativo foi puxado pelo comércio. A atividade atacadista e varejista perdeu 592 postos de trabalho entre 1º de janeiro e 30 de abril deste ano. Ao todo, foram feitas 1.859 admissões e 2.451 demissões em quatro meses. Outros segmentos que perderam vagas de carteira assinada fora a construção civil (58), que teve 74 contratações e 132 demissões; e a indústria de transformação (25), que teve 152 admissões e 177 dispensas. Ficaram no azul, ou seja, com mais contratações do que demissões os setores de serviços (37) e agropecuária, extrativismo vegetal, caça e pesca (46).

Contando apenas o mês de abril, o saldo é positivo. No quarto mês do ano, foram criadas 165 vagas de emprego, sendo 1.130 admissões e 965 desligamentos. Os dados seguiram a tendência do estado do Rio e do país, segundo o Caged. Em território fluminense, em abril, foram abertos 5.709 postos de trabalho e no país como um todo, esse número foi de 129.601.

Municípios da região têm desempenhos diferentes

Falando do primeiro quadrimestre, a Região dos Lagos como um todo também amargou desempenho no vermelho. Nos sete municípios que ficam nesta área, 3.777 vagas de trabalho foram extintas. No primeiro terço do ano, foram contratadas 381.840 pessoas, enquanto 385.617 acabaram demitidas.

São Pedro da Aldeia pode ser considerada uma exceção em meio a este cenário. A Secretaria de Trabalho registrou, entre janeiro e abril, 1.668 contratações e 1.432 demissões feitas por firmas aldeenses, o que significa a criação de 236 empregos formais no município. Em abril, foram 111 (387 admissões ne 276 desligamentos).

Em Arraial do Cabo, o quarto mês do ano apresentou uma recuperação, ainda que tímida, no quadro. Foram criadas dez vagas, sendo 110 contratações e 100 dispensas. No acumulado do ano, o resultado é negativo: perda de 11 vagas (506 admissões e 517 dispensas).

Em Búzios, não houve sequer o alento da melhora em abril. O balneário perdeu 91 postos de trabalho em 30 dias, sendo 370 admissões e 461 desligamentos. Já no primeiro quadrimestre, 232 postos foram ceifados, sendo 1.914 contratações e 2.146 dispensas.