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Cabo Frio: Maioridade penal divide vereadores

Independentemente da opinião, há consenso de que faltou debate com a sociedade

03 julho 2015 - 08h55
Cabo Frio: Maioridade penal divide vereadores

Rodrigo Branco

A redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, consumada na Câmara Federal, anteontem à noite, tem sido tema hegemônico nas rodas de conversa nas ruas e redes sociais.

Se o assunto passou batido na sessão de ontem da Casa Legislativa de Cabo Frio, a Folha não fez por menos e procurou a opinião dos responsáveis por propor as leis em âmbito municipal constatando que, ao menos no grupo de parlamentares ouvidos, está longe de haver consenso.

Na opinião do primeiro secretário Eduardo Kita (PT), por exemplo, a proposta, aprovada por 323 deputados, está longe de resolver a questão da criminalidade no Brasil.

– Vamos triplicar o volume de negros e pobres nos presídios. Sei que a maioria da população aprova (a redução), mas quero alertar que esse índice vai aumentar e muito – afirma.

De outro lado, Celso Campista (PSB) defende a redução, mas apenas para crimes hediondos, com base em ideia do senador Magno Malta (PR-ES).
– Tem que haver punição diferente para quem rouba um biscoito ou coloca fogo em um ônibus – pondera.
Já Jéferson Vidal (PSC) é veeemente na posição favorável.

– Errou, tem que pagar o preço, com 18 ou 16 anos – disse.

Por sua vez, Aquiles Barreto (SD) é favorável ao modelo atual (18) e do aumento das penas socioeducativas. Ele criticou Eduardo Cunha (PMDB).
– A segunda votação foi golpe. Tinha que ter havido mais discussão – argumentou.