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Cabo Frio formaliza pedido de devolução da UPA

Representantes da secretaria estadual de Saúde estiveram na unidade para verificar estrutura

26 novembro 2015 - 09h58

A secretaria municipal de Saúde Cabo Frio confirmou on­tem que já formalizou junto ao Estado o pedido de devolução das unidades da Unidade de Pronto Atendimento do Parque Burle e de Tamoios. Segundo a assessoria da pasta, o secretário Carlos Ernesto Dornellas enviou um ofício para a secretaria es­tadual de Saúde há alguns dias. Apesar do interesse antigo, o se­cretário estadual de Saúde, Feli­pe Peixoto, havia afirmado que apenas Nova Friburgo teria feito o pedido formal.

Ontem, representantes do governo estadual estiveram na UPA do Parque Burle para conhecer as instalações e ve­rificar a estrutura. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, a visita já faz parte do processo de transição da uni­dade das mãos do município para o Estado. A expectativa de Carlos Ernesto é que as UPAs estejam sob nova direção já no início de dezembro.

A data coincide com o novo prazo estipulado pela secretaria para a reabertura da emergência do Hospital São José Operário, o HCE, reinaugurado no início de setembro, mas que ficou fecha­do por cinco anos, ainda não foi aberto para o público. Detalhes na estrutura estariam impedindo o funcionamento da unidade.

A devolução da UPA repre­sentaria um alívio aos cofres municipais, pois segundo a secretaria, o gasto com essas unidades é de R$ 2 milhões mensais. Também com sérios problemas financeiros, o Estado não deposita há quase um ano a cota mensal de R$ 800 mil, ge­rando uma dívida com o muni­cípio de mais de R$ 8 milhões.

Além da economia de dinhei­ro, a prefeitura espera, com a decisão, aumentar a oferta de médicos de emergência para a população, com a volta do HCE e as UPAs, agora estadualizadas.

Muitos problemas – A UPA não passou ilesa da crise na rede pública municipal de Saúde, que levou o próprio prefeito Alair Corrêa a assumir o cargo de in­terventor da área durante mais de 100 dias no meio do ano. Re­latos de demora no atendimento e falta de medicamento têm sido frequentes entre os pacientes.

Recentemente, a UPA viveu dias conturbados. Na semana passada, por exemplo, o aten­dimento se restringiu aos casos de emergência, pois dois médi­cos faltaram em decorrência de um acidente. Semanas antes, por diferentes motivos, quatro médicos deixaram de trabalhar. Notícias de que os profissionais estariam fazendo uma greve por atraso de salários foram logo desmentidas. O próprio diretor da UPA, Nilton Mureb, teve que ajudar a atender os pacientes.