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reajuste

Bancos mantêm proposta e impasse continua

Categoria não aceita negociar nenhum reajuste com valor abaixo da inflação (9.8%)

20 setembro 2016 - 13h41Por Gabriel Tinoco
Bancos mantêm proposta e impasse continua

Por enquanto, os bancários nem pensam em acabar com a greve que começou no último dia seis. A categoria se recusa a aceitar qualquer aumento abaixo da inflação (9.8%) e não haverá assembleia nos próximos dias. O membro do Sindicato dos Bancários de Niterói e da Região dos Lagos, Suez Santiago, afirmou que o desejo dos funcionários é o reajuste de 15%. 

Na última sexta-feira, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) marcou uma reunião em sua sede para manter a proposta da terça-feira.

– Enquanto não houver nova proposta dos banqueiros, não há razão para convocar assembleia. Os banqueiros, de forma muito sacana, nos mandaram para São Paulo para uma rodada de negociação. Quando sentamos para negociar, eles disseram que era para manter a proposta. Ofereceram reajuste de 7% e abono de R$ 3300. Não chegaram nem na metade. Não entendi o motivo de ter ido para São Paulo – dispara.

Suez não considera o abono de R$ 3300 uma proposta interessante para a categoria.

– O abono não interessa, porque em cima do abono tem desconto do imposto de renda. Além disso, não ajuda na aposentadoria do bancário, no ticket-alimentação. A proposta do abono é uma furada.
Enquanto banqueiros e bancários não chegam a um consenso, os cabofrienses reclamam dos transtornos provocados pela paralisação. Os moradores estão preocupados com dívidas futuras e com os impecilhos para pagar as contas diárias.

O cozinheiro Jomar Queiroz, 66, estava preocupado com as cobranças de juros.

– Sempre atrapalha no pagamento das contas. Tudo porque tem que ser lá dentro do banco. Os juros são cobrados e ficamos endividados depois – reclama.

Já a autônoma Mayara Ribeiro, 30, não conseguiu obter benefícios por não ser correntista.

– A greve tem me prejudicado. O atendimento não é geral, mas só para correntista. Não tem como dar entrada no fundo. Por conta disso, não consigo dar entrada para ganhar auxílio. A atendente até tentou resolver o meu problema, mas não conseguiu porque o atendimento é só para correntista – afirma.

A pedagoga Malissa de Fátima Martins, 55, sente pena de quem precisa efetivar pagamentos no caixa.

– A greve atrapalha a vida de muita gente que depende de ir direto ao caixa. A paralisação não me prejudicou, mas imagino as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que não têm acesso à internet, por exemplo – finaliza.