Os vigilantes bancários entraram em greve nesta terça-feira (29) no interior do estado do Rio. A paralisação, por tempo indeterminado, pegou de surpresa os usuários do sistema bancário. A categoria reivindica aumento de 20% no salário-base, que hoje é de R$ 958; tíquete-alimentação no valor diário de R$20 em vez dos atuais R$ 10,50; redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais; adi-cional de periculosidade de 30% sobre o salário; diminuição do desconto do tíquete de 20% para 5% e plano de saúde.
Por sua vez, os patrões acenam apenas com 7% de aumen-to e tíquete no valor diário de R$13. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes e de Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância do Rio de Janeiro (Sindvig-RJ), o valor pago aos profissionais no estado é somente o 13º maior do país.
Em Cabo Frio, a paralisação pegou a população de surpresa, uma vez que nessa condição os bancos ficam proibidos de realizar operações que envolvam quantias em espécie, sob pena de receberem multa de até R$200 mil.
No entanto, só houve algum transtorno apenas na parte da manhã, quando longas filas foram formadas nos caixas eletrônicos, que funcionaram normalmente, e nas casas lotéricas, mas no decorrer do dia o movimento ficou mais tranquilo.
– Vim apenas para sacar dinheiro, portanto não chegou a atrapalhar minha vida, mas se a greve se prolongar é possível que cause percalços. Contudo, a reivindicação é sempre justa – solidarizou-se o bancário aposentado Sérgio Hirsch Tardin, de 84 anos.