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baleia azul

'Baleia Azul' expõe riscos da internet

Jogo criado na Rússia propõe automutilação e até mesmo suicídio para crianças

21 abril 2017 - 11h49Por Fernanda Carriço
'Baleia Azul' expõe riscos da internet

O nome indefeso de um mamífero disfarça o perigo que está atrás do jogo das 50 tarefas que vem tirando o sono e a vida de adolescentes mundo afora. O jogo criado na Rússia propõe uma série de tarefas que incluem ações como automutilação, arrumar briga e, a última e mais macabra de todas, o suicídio. Segundo dados do Centro de Estudos Sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic), no Brasil, 1 em cada 10 adolescentes de 11 a 17 anospesquisa conteúdo na internet sobre formas de se ferir e um em cada 20, de se suicidar.

As investigações sobre o ‘baleia azul’ já atingem oito estados. No Estado do Rio de Janeiro, dois casos estão sob a mira da Polícia Civil: um na capital e outro no interior – ambos de adolescentes que tentaram se matar. Mas, segundo informações da delegada responsável pelas investigações, Fernanda Fernandes, ainda não há registro do jogo na Região dos Lagos.

Apesar de não haver indícios, muitos pais já estão antenados com o jogo suicida. O jornalista Luciano Moreira é um deles. Pai de um adolescente de 12 anos, ele sabe que a tecnologia tem muitas armadilhas e orienta o filho.

– O jogo, em si, já desperta uma curiosidade inata das crianças, pois trata-se de um desafio de cumprimento de tarefas. Mas, avisado e orientado de que essas tarefas são nocivas à segurança dele, meu filho me disse que, literalmente, “é uma chatice, pois desafio tem que dar algo em troca, não dor e sofrimento”. Mas, ressalto, ele já teve uma aula familiar sobre o jogo.

A vendedora Aline de Oliveira, 32, tem três filhos: um de nove, uma de seis e outro de três anos. Atenta aos passos dos filhos, ela aposta no diálogo e transparência na hora de orientá-los.

– Eu já conversei e já expliquei porque eles sabem mexer em tudo. Meus filhos têm celular. Costumo ser muito transparente. Conversei sobre o que pode acontecer. Se eles entra- rem, não vão poder sair – revela.