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Servidores

Auxílio-doença atrasa e servidores agonizam

Dinheiro que não vem faz falta para comprar remédios

06 agosto 2015 - 09h29
Auxílio-doença atrasa e servidores agonizam

Rodrigo Branco

 

 

A via-crúcis do servidor pú­blico municipal José Gessé da Silva Santos, 58, começou há nove meses, em novembro do ano passado, quando sofreu um infarto agudo do miocárdio e precisou ser afastado do traba­lho, no setor de transporte da Secretaria de Saúde.

Após passar por uma angio­plastia e um cateterismo, Gessé sobreviveu à enfermidade, mas, com o pagamento do auxílio-doença de R$ 1.100 atrasado há uma semana, o motorista tem passado por sérios problemas financeiros, inclusive com difi­culdade para comprar alimentos e remédios.

Assim como Gessé, todos os servidores que recebem o bene­fício ainda estão sem o dinheiro na conta, totalizando uma dívi­da de R$ 300 mil. Segundo ele, a justificativa dada é a mesma usada para outros percalços do município: crise econômica e falta de recursos.

Mas para o servidor concur­sado, com quase 30 anos de ser­viços prestados ao município, o caso ganhou contornos de humi­lhação, afinal ele passou toda a manhã e parte da tarde de ontem na sede do Instituto de Benefí­cios e Assistência aos Servidores Municipais de Cabo Frio (Ibas­caf), em São Cristóvão, de onde saiu sem dinheiro, nem prazo para uma solução. De concreto, apenas a promessa de um e-mail para o prefeito Alair Corrêa (PP) e para o secretário de Fazenda, Axiles Corrêa, na tentativa de resolver a questão.

– Deveria ter sido pago junto com os funcionários da Prefei­tura no dia 30. Estou sem pagar o aluguel e na minha geladeira só tem água. Isso é muito humi­lhante para quem trabalhou uma vida inteira, mas eu sou de Deus, vou ficar na paz. Com esse Go­verno só orando que passe rápi­do – lamenta o servidor.

Procurada para falar sobre o assunto, a presidente do insti­tuto, Reuza Maria Soares não quis receber a reportagem, limi­tando-se a mandar recado pelo procurador da instituição: “Não tenho nada para conversar”.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta (6)