Já nas alturas, os preços dos combustíveis cobrados nos postos de Cabo Frio também devem ser afetados pela crise no Oriente Médio. De acordo com dados da ANP, o litro da gasolina chega a ser vendido a R$5,30 no município, um dos maiores valores praticados no estado do Rio de Janeiro.
O presidente da Ompetro e prefeito de Campos, Rafael Diniz, atenta para uma questão de mercado para advertir sobre os impactos econômicos de uma eventual guerra.
– No Brasil, existe uma preocupação com o valor do combustível até porque a política de preço da Petrobras é de livre mercado, então os preços podem subir cada vez mais – explica.
A situação já penaliza os motoristas, que precisam adotar estratégias para não ter o orçamento doméstico inviabilizado.
A jornalista Grace Marinho mora no Rio, mas visita frequentemente Cabo Frio. Segundo ela, como os preços na Zona Oeste são semelhantes aos cobrados na Região dos Lagos, o segredo é abastecer o carro na estrada. Enquanto está na cidade, Grace também adota um meio de transporte alternativo e ecologicamente sustentável.
– O preço não está muito diferente do Rio. No Recreio os preços são os mesmos. Oque eu faço? Abasteço no caminho, aí sim é mais em conta. E encho o tanque para não precisar abastecer na cidade quando for ao Rio. De novo no caminho, eu abasteço. E aqui ando muito a pé e de bike. A cidade tá cheia e a gente acaba gastando muito combustível – ensina.
Trabalhador que depende do combustível, o taxista Josemário Miranda também precisa usar da criatividade para não ficar no vermelho. Presidente do sindicto da categoria, Baiano, como é conhecido, se vale de convênios com alguns postos da cidade para pagar com desconto.
Além disso, segundo ele, boa parte da frota fez a conversão para o gás natural veicular, o chamado GNV, embora, nesse caso, alívio não seja tão grande assim.
– No Rio, o GNV é R$ 0,70 a R$ 1 mais barato. Aqui em Cabo Frio há um cartel e precisa de uma fiscalização mais atuante do Procon. Se não quem vai sofrer mais é a gente. Eu abasteço GNV três vezes por dia e gasto, em média, uns R$ 100 – comenta.
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