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NA PRESSÃO

Associações relacionadas ao turismo de Cabo Frio fazem manifestação em frente à Prefeitura

Trabalhadores também estiveram na Câmara para cobrar flexibilização das atividades

25 agosto 2020 - 15h38Por Julian Vianna

Membros de associações relacionadas ao turismo de Cabo Frio fizeram uma manifestação pacífica na manhã desta terça-feira (25) em frente à Prefeitura. Participaram do ato os representantes da associação dos proprietários de casas regulamentadas, dos transportes náuticos, dos ambulantes, os guias de turismo e os músicos que possuem banda. A manifestação começou por volta das 10h e terminou às 13h. 

O presidente do Sindicato do Empreendedor Individual, Ambulantes e Camelôs (Seiaccre), Luciano Mello, conta que os trabalhadores de todos os segmentos que participaram do ato estão se sentindo completamente prejudicados. 

– Cerca de 90% do comércio de Cabo Frio já foi reaberto, e a gente não pode voltar a trabalhar. Nós não somos uma categoria que consegue ficar mais de cinco meses sem trabalhar. Trabalhamos de dia para comer à noite. A gente está se sentindo discriminado – desabafa Luciano.

Ainda de acordo com os ambulantes, as categorias estavam conversando com o ex-secretário de Turismo do município, Paulo Cotias, mas com a exoneração dele, as negociações voltaram à estaca zero.  Eles tinham a expectativa de voltar a trabalhar no dia 1º de setembro, mas agora não possuem uma previsão de retorno. 

– A situação está muito complicada. Estamos sem trabalhar desde o Carnaval. Fomos a primeira categoria a respeitar os decretos municipais, e até agora, estamos estagnados – conta Luciano. 

O presidente da Associação das Hospedarias Legalizadas de Cabo Frio (Ailha), Adonay de Nazareth Silva, conta que, segundo um levantamento feito pela própria Prefeitura de Cabo Frio, o índice de contaminação pelo novo coronavírus aumentou em 5%. Ele demonstra insatisfação pelo fato de alguns setores poderem retornar e outros não. 

– A única forma de acabar com a pandemia é com a vacina, que está prevista somente para fevereiro do ano que vem. Até lá, quem está sem trabalhar vai morrer de fome? – questiona Adonay.

O protesto começou em frente à Prefeitura e depois seguiu até à Câmara Municipal. Os manifestantes foram atendidos pelo presidente da Câmara e por mais sete vereadores, que se comprometeram a ajudá-los a pedir para o Poder Executivo para que haja liberação das atividades para o feriado do dia 7 de setembro.

O grupo já tinha se encontrado nesta segunda-feira (24) com o prefeito Adriano Moreno (DEM), que ficou de encaminhar os pedidos das categorias para o Ministério Público Estadual (MP-RJ).