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Após ‘Maio Sangrento’ número de homicídios cai em Cabo Frio

Taxa de estupro também diminui na cidade: de 25 para seis em um mês

10 setembro 2014 - 14h06Por Rodrigo Branco
 Após ‘Maio Sangrento’ número de homicídios cai em Cabo Frio

Para uma cidade historicamente conhecida por ser pacata e tranquila, ainda não é o ideal. No entanto, os números da criminalidade em Cabo Frio no mês de julho, divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), ligado à Secretaria Estadual de Segurança Pública, representam, ao menos, um alento e, principalmente, um freio na tendência de escalada registrada no primeiro semestre, quando atingiu seu ápice em maio, com 23 homicídios, recorde da série histórica, medida a partir de 2002.

Já no mês seguinte, houve uma grande redução, para ‘apenas’ 12 casos (diminuição de 48%), enquanto em julho, aconteceu novo recuo, para 11 notificações (redução de 8,3%). Número mais próximo da média  dos seis primeiros meses deste ano (13,8) e da marca historicamente registrada na cidade.

Outra taxa de crime hediondo que sofreu forte redução em julho foi a de estupros. O declínio tem sido gradativo. Se nos meses de abril e maio, houve um ‘boom’ no número de casos, com 24 e 25, respectivamente; em junho, o índice caiu para 12 (queda de 52%) e no mês seguinte, para seis (50%). Desta forma, o primeiro mês do segundo semestre registrou, até o momento, a menor quantidade de ocorrências desse tipo de crime no ano.

Entretanto, não apenas a boas notícias se resume o relatório mensal da 25ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp). Ao mesmo tempo em que retrata o retrocesso no número de mortes violentas, indica o aumento de outros crimes, especialmente aqueles contra o patrimônio, como roubos e furtos.

Quanto ao primeiro item, em julho, pela primeira vez desde janeiro deste ano, a quantidade de casos ultrapassou os três dígitos (102), o que representa um acréscimo de 11,76% em relação ao mês anterior (90 registros); 9,8% comparado a maio (92) e 21,56% à abril (80), menor taxa do ano até agora.

Segundo os dados do ISP, no sétimo mês do ano, houve12 roubos de carros, mesmo número do mês anterior e três a mais que o registrado em abril e maio. Para efeito de comparação, nesse quesito, os maiores índices dessa modalidade de crime aconteceram em janeiro e março, período que compreende o verão e a alta temporada, com 15 assaltos cada.

Já com relação aos roubos a pedestre, o cenário é mais preocupante, em função do gradual aumento na quantidade de ocorrências registradas desde março. Em julho, a taxa atingiu o seu pico em 2014, com 57 casos, contra 51 ocorridos no mês anterior; 49 em maio; 43 em abril e 39 em março.

Enquanto isso, o número de furtos em julho ficou em 172, bem abaixo da média do verão (344 casos), mas acima dos dois meses anteriores. Em maio, foram 156 ocorrências (aumento de 9,3%) e no mês seguinte, 147 (14,5%).

Enquanto isso, em outros municípios, o destaque positivo fica por conta de Armação dos Búzios que, pelo terceiro mês consecutivo, não registra homicídios.

No item ‘roubo de veículo’, Arraial do Cabo completou um semestre sem qualquer ocorrência. Desde janeiro, quando foram computados dois casos, não houve novas anotações.

Por outro lado, em Araruama, a quantidade de roubos, especialmente na categoria ‘a pedestres’, mais que duplicou. Foram 23 em julho, contra 13 no mês anterior e apenas três em maio.