Representantes dos vendedores ambulantes de Cabo Frio têm uma reunião marcada para esta sexta-feira (25) com o prefeito Adriano Moreno (DEM) e o secretário de Turismo, Manoel Vieira, para tratar da possível liberação das praias para as atividades da categoria no feriado de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, e na Semana do Saco Cheio, a exemplo do que ocorreu no fim de semana prolongado da Independência.
O grupo vai apresentar a proposta para a adoção de um protocolo de segurança sanitário a ser usado pelos ambulantes, barraqueiros e carrinhos durante o trabalho nas areias, por causa da pandemia do novo coronavírus. Entre as medidas propostas estão o distanciamento de dois metros entre os trabalhadores; o uso de máscaras; a oferta de álcool gel para os clientes e faixa de proteção de 1,5 metro em torno dos carrinhos e barracas.
O protocolo prevê ainda o distanciamento mínimo de dois metros entre os guarda-sóis, cuja quantidade deverá ser reduzida em 50%. Entretanto, a Prefeitura ainda não sinalizou que vai rever o decreto que impede a permanência de banhistas nas praias.
Pelas atuais regras, os comerciantes só podem vender para praticantes de esportes que estiverem nas areias ou para pessoas que estiverem no calçadão, desçam até a areia e consumam o produto em outro local. No último feriadão, contudo, o decreto foi ignorado pelos frequentadores que lotaram as praias, sem que a fiscalização pudesse dar conta das infrações.
Independentemente do fato, o presidente do Sindicato dos Empreendedores, Ambulantes e Camelôs (Seiaccre), Luciano Dias, acredita que a categoria ganhará o sinal verde para trabalhar no próximo feriadão.
– Estamos otimistas. Pelas conversas que tivemos, creio que o retorno é inevitável – acredita Luciano.
Conforme a Folha publicou nesta quinta-feira (24), outros segmentos aguardam com ansiedade uma decisão da Prefeitura sobre possível flexibilização para o próximo feriado. Enquanto a hotelaria espera permissão para aumentar a lotação dos leitos, hoje restrita a 40%; os donos de casas de aluguel querem a liberação das atividades.
Até o momento, a Prefeitura mantém o município com bandeira laranja, o que impede o funcionamento das casas de aluguel e a entrada de ônibus de turismo na cidade.