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A PÉ

Alunos do IFF protestam contra o fim do passe livre nos ônibus

Estudantes vão fazer ato em frente à Salineira nesta sexta-feira (3)

02 dezembro 2021 - 16h20Por Redação

Os estudantes do Instituto Federal Fluminense (IFF), que fica próximo ao limite entre Cabo Frio e Búzios, estão preocupados com a possibilidade de perder o passe livre nos ônibus e ficar a pé. Segundo denúncias feitas à reportagem da Folha, a Auto Viação Salineira acenou que o benefício será cortado em breve, o que prejudicará muitos alunos que não tem condições de arcar com o preço das passagens. Por causa disso, uma manifestação foi marcada para esta sexta-feira, dia 3, às 9h, em frente à garagem da empresa no Jardim Excelsior, em Cabo Frio. 

– Isso é um absurdo. Pois eu moro em Cabo Frio e pagar ônibus todos os dias para estudar não tem cabimento. Os meus pais não podem pagar tanta passagem. Iremos nos reunir para uma manifestação pacífica na Salineira – indigna-se a estudante Stefany de Oliveira.

Colega de Stefany, o também estudante Andrew Lucas Mota fez as contas na ponta do lápis e disse que o gasto com transporte se torna inviável sem o passe livre.O jovem afirma que alguns colegas já não conseguem passar o cartão na catraca, o que leva a crer que o benefício já está sendo retirado de forma gradual.

– Se o passe livre for cancelado uma massa enorme de estudantes não vão ter como estudar, pois são de famílias de baixa renda, com o preço da passagem de ônibus estando elevada vai se mais difícil ainda para esses estudantes. Todos nós sabemos que com a pandemia muitas famílias foram prejudicadas na parte econômica e ter que pagar todo dia R$ 4,05 entre ir e voltar só piora ainda mais a situação dessa família – argumenta.

Em nota, a Auto Viação Salineira informou que, enquanto concessionária, não cabe à empresa, a emissão do Vale Educação, e sim ao Governo do Estado. Segundo a empresa, o transporte gratuito dos estudantes sem o devido repasse das verbas de custeio “coloca a concessionária em sério risco de paralisação de suas atividades em razão do desequilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão”.

Procurado, o Governo do Estado não se manifestou até o fechamento desta matéria.