A Associação Comercial, Industrial e Turística (Acia) de Cabo Frio vai reunir hoje, às 18h, o empresariado da cidade para elaborar maneiras de escapar da crise financeira. Comerciantes e representantes de entidades foram onvidados para debater temas e apresentar propostas para melhorar o quadro econômico do município. O presidente da Acia, Eduardo Rosa, pensa em inúmeras questões para serem avaliadas na cidade.
– O intuito é debater a situa- ção econômica com essa crise e buscar alternativas para amenizá-la. Ela está deixando os empresários numa situação muito difícil. Atualmente, temos muitas empresas fechando e uma horrível situação de desemprego. Vamos analisar a questão do emprego e das promoções. As alternativas serão apresentadas amanhã (hoje) para tentarmos descruzar os braços. A crise que os governos do Estado e do Município estão passando também serão debatidas. A questão política acarreta em boa parte dessa crise.
O diretor comercial da Acia, Luiz Gustavo de Almeida, quer a união das empresas neste momento tão delicado.
– Vamos ter vários profissionais: empresários e especialistas que irão debater algumas alternativas em relação à administração das empresas, ao melhor aproveitamento do fator produtivo e ao direcionamento melhor do marketing. Os tributos também serão debatidos. Na reunião, vamos falar de parcerias que contribuem para que as empresas se unam e todos saiam beneficiados – comentou.
Sílvio Rodrigues, proprietário das lojas Toccare, enxerga um cenário com três crises.
– Na verdade, nesse momento, temos que trabalhar mais e desenvolver as lojas para superar a crise. Estamos numa época muito complicada. Temos três crises no Brasil: federal, estadual e municipal. Em outros lugares, não há crises estaduais e municipais, por exemplo. Já a Região dos Lagos acumula as três crises e isso torna o cenário muito pior. Metade do dinheiro e dos empregos de Cabo Frio vêm da Prefeitura. Com o governo não pagando, a cidade entra nesse caos. A cada dia se vende menos. Tenho ideias para apresentar: eu mesmo fiz algumas melhoras na minha empresa. A minha família ajuda na administração. Tem que reduzir o custo. Caso contrário, não dá para sobreviver. Antes, tinha supervisor, gerente, estoquista, motorista... Agora não tenho mais nada disso. Trabalho com minha esposa e meus filhos na loja – revela.
Já Ramires Rodrigues, dono da RC Contabilidade, pensa que a situação está ruim para comerciantes de qualquer lugar.
– Os empresários pensam inicialmente em dar alternativas para a movimentação do comércio. A cidade está numa séria crise financeira e política. Não dá mais para depender do local. É uma crise muito aguda. Ela está no centro da cidade, dentro do shopping e nos demais bairros. O comércio tem que tentar alguma alternativa para viabilizar a melhora nos negócios. Cada um com suas ideias tentar uma maneira de colaborar – finaliza.