RODRIGO BRANCO
365 dias. É o tempo que resta para aquela que promete ser uma das mais acirradas eleições que já se teve notícia na cidade. Parece muito tempo, mas a julgar pelo clima de campanha antecipada, é possível dizer que 2016 já chegou. Ao mesmo tempo, é período suficiente para que muita coisa aconteça, o que leva a crer que nos próximos 12 meses estará aberta a temporada de articulações, alianças, blefes, traições e, por que não dizer, golpes abaixo da linha da cintura. E tudo isso tendo como pano de fundo a crise financeira que tanto castiga a população cabofriense nos últimos meses.
A sanção do projeto de lei da minirreforma eleitoral pela presidente Dilma Rousseff (PT), no começo da semana, também traz para um cenário incerto uma série de novidades já para o ano que vem, a começar pelo fim do financiamento empresarial de campanha vetado do projeto original por Dilma, baseada em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) há 15 dias. Outra mudança significativa diz respeito ao fim do prazo de filiação partidária, que era de um ano antes das eleições e passou a ser de seis meses. Além disso, a chamada ‘janela’, período de 30 dias no qual será permitida a mudança de legenda de vereadores e deputados federais, estaduais e distritais sem risco de perda do mandato, teve início transferido para 2 de março e fim, para 2 de abril de 2016.
A mudança nas regras é especialmente relevante porque permite adiar a decisão da formação das nominatas, ou seja, do grupo de candidatos a vereador de uma coligação, que costuma ter bastante influência na eleição majoritária, por muitas vezes abrigar líderes comunitários, bastante representativos em termos de número de votos. E é exatamente pela incerteza no futuro cenário econômico da cidade que muitos políticos preferem adiar a decisão de se filiar a algum partido, afinal, a movimentação dos grupos políticos e mesmo pré-candidaturas dependem diretamente da melhora na situação dos cofres municipais.
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