Acostumado a carregar a bola com elegância pelos gramados do Maracanã, o ex-jogador Leandro será um dos condutores da tocha olímpica em Cabo Frio. A escolha rendeu a ele também uma homenagem, que será feita amanhã, na Praça das Águas, às 16h. A iniciativa foi da Embaixada-Fla Cabo Frio – grupo cabofriense de torcedores do clube mais popular do país.
Leandro ganhará uma carteirinha e uma camisa da embaixada com o seu nome escrito. Além disso, haverá a reinauguração da estátua do craque rubro negro. A Embaixada Fla-Cabo Frio surgiu em setembro passado com a reunião de um grupo de torcedores pela rede social – mas só foi oficializada pelo clube no dia 15 de novembro.
– A homenagem será uma honra. Aliás, tudo que envolve o Flamengo mexe comigo – afirmou Leandro à Folha por telefone, na manhã de ontem.
Ele conta que está ansioso para participar das Olimpíadas mesmo após pendurar as chuteiras.
– Praticamente é o sonho do atleta de qualquer modalidade participar de uma Olimpíada. Não tive essa oportunidade porque me profissionalizei cedo, mas estou ansioso mesmo depois de aposentado (risos). Vai ser incrível e não calculo a emoção. Estou feliz e grato pela escolha do meu nome – completa.
O craque, eterno na memória dos torcedores, prevê uma era de títulos para o Flamengo após os reforços de Diego, Leandro Damião e Réver.
– Estou esperançoso e acredito num Flamengo forte e de grandes conquistas em breve. Estamos montando um elenco para tal – opina.
O conselheiro da embaixada, Júlio César Nascimento, tem boa expectativa para o evento.
– O Leandro já é o patrono da nossa embaixada e merece uma homenagem. Estamos com grande expectativa para esse evento. Deverá ter bastante gente – conta.
Leandro é apontado como o maior ícone do esporte na cidade. O jogador era um dos destaques da chamada Era Zico. Leandro ganhou quatro Brasileirões, uma Libertadores e um Mundial de Clubes.
Leandro primava também pela versatilidade. Com a camisa do Flamengo, o lateral-direito de origem atuou em todas as posições, exceto a de goleiro. Dois gols foram marcantes na carreira do cabofriense: uma bela cabeçada na final do Brasileirão de 1983, quando o Flamengo venceu o Santos por 3 a 0 e um chutaço no ângulo ao apagar das luzes diante do Fluminense, em 1985.
* Matéria completa na edição desta sexta-feira (22) da Folha dos Lagos.