Sereno, com um sorriso no rosto, Eduardo Hungaro recebeu a imprensa e falou sobre as novas pretensões da Cabofriense nesta temporada. O técnico será anunciado no próximo dia dez, no Correão, junto do restante do elenco. Hungaro, que já comandou o Botafogo na Libertadores em 2014, quer reforçar os trabalhos de divisão de base no clube.
Eduardo Hungaro, no entanto, não teve uma boa passagem pelo Alvinegro. Ele foi promovido de auxiliar técnico para comandante do clube na Libertadores. Após o fracasso na competição, em que o Botafogo saiu ainda na primeira fase, Hungaro voltou ao cargo anterior e seria demitido do clube ainda no fim do ano.
O técnico chegou ao Botafogo em 2010 para treinar a categoria sub-13. Hungaro subiu degraus muito rápido no Alvinegro e logo no ano seguinte assumiria os juniores do clube. O título estadual com a molecada alvinegra daria ainda mais moral ao carioca, uma vez que o time não era campeão já faziam dez anos.
Em 2013, Hungaro se juntaria aos trabalhos profissionais do time de General Severiano, onde auxiliaria o técnico Oswaldo de Oliveira, atualmente recém-demitido do Flamengo. Ele, no ano passado, assumiria o cargo após a não renovação de contrato de Oswaldo.
Folha dos Lagos: Aproveitará as categorias de base do clube?
Eduardo Hungaro: Estou aqui para isso. Aliás, hoje todo técnico deve fazer a interação das categorias de base com os profissionais dentro de campo. É a única saída. Fiz um estudo que apontou que jovens jogadores de até 23 anos invadem os clubes brasileiros. São 118 no total. Ao que parece, os clubes despertaram para essa necessidade. Esse número contradiz a frase que o futebol brasileiro não revela mais ninguém. Pode procurar nas ligas de todo mundo, que você não acha essa quantidade de jovens jogadores. É uma tendência do futebol moderno.
Folha: Qual é a sua expectativa para a Cabofriense?
Hungaro: O elenco está sendo montado. A maioria ainda está em observação. Conheço muitos jogadores, trabalhei com alguns. Garanto que tenho boas informações dos atletas que já estão aqui. Estamos observando atletas com pré-contrato assinado e de olho no mercado também. Mas prefiro não adiantar nada para não atrapalhar as negociações em andamento.
Folha: Qual o motivo da sua vinda para Cabo Frio?
Hungaro: Aqui o clube tem uma margem de crescimento muito grande. Claro que falo de um trabalho de médio a longo prazo. Esse é o meu sexto clube e, sempre que chego num clube, proponho um trabalho com início, meio e fim. Não acredito em grandes vitórias e grandes objetivos conquistados a curto prazo. Então, vai depender de realizarmos um bom ano de 2016 e criar uma base de trabalho que dê sustentação para obter os objetivos, que serão grandes – garantiu o novo técnico, reforçando o otimismo em sua fala.