Quando a Cabofriense entrar em campo, hoje, às 16h30, para enfrentar o Bonsucesso, será novamente longe de sua casa. Esta é a segunda partida – a primeira foi contra o Campos, sábado – que a equipe disputará em Nova Friburgo, apesar de ter o mando de campo. Segundo o presidente do clube, Valdermir Mendes, o contratempo tem razões muito sérias: ele afirma que todo o material de combate a incêndio do Correão foi roubado, e que, inclusive, um funcionário do clube já foi até a 126ª DP (Cabo Frio) prestar queixa. Sendo assim, o estádio não tem a liberação do Corpo de Bombeiros. Valdemir afirma ainda que só tomou pé da situação em dezembro, pouco antes da estreia da Cabofriense no Carioca.
– Roubaram tudo que tinha para o combate a incêndio. Levaram tudo mesmo: extintores, mangueira, esguichos e conexões. Os bombeiros foram fazer a vistoria e não deram o aval para a liberação do estádio. Por isso a Cabofriense está sem jogar em Cabo Frio – diz.
Além do prejuízo desportivo, a interdição do Correão gera outro tipo de problema: o dinheiro.
– Isso influencia fora e dentro de campo. Tem gastos e são muito altos. Há gasto para deslocamento, pagar hotel, alimentação... Em casa, tenho um gasto entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Quando o time joga fora, esse valor aumenta para R$ 14 mil – conta.
Paralelamente à luta do time – que está na quarta posição na Seletiva do Carioca (só os dois primeiros passam à próxima fase) –, Valdemir trava uma batalha para ver o Correão liberado ao menos para a última partida, dia 24, contra a Portuguesa, que é de mando de campo do clube. Para isso ele se reuniu com o proprietário de uma empresa de combate a incêndio.
– Eu pessoalmente iria comprar o material para jogar lá. Estou trabalhando para isso. Estou fazendo intervenções na tribuna e na passagem de emergência. Nunca pediram isso desde a inauguração do estádio – diz.
Para cumprir seu objetivo, o cartola conta com a ajuda do comandante do 18º Grupamento Bombeiro Militar (GBM), de Cabo Frio, Cássio Capelli, que está dando orientações.
– O coronel dos Bombeiros está dando todo o suporte, mas temos que entender que o estádio é municipal. Não é da Cabofriense. Isso depende de documentação, de assinatura. Estamos tentando resolver no diálogo.
O time
Em quarto lugar no grupo A do Campeonato Estadual, com apenas um ponto, o Tricolor Praiano não pode pensar em qualquer outro resultado que não seja a vitória diante do Bonsucesso, que está uma posição abaixo na tabela, mas com a mesma pontuação.
O time tem o mando da partida, mas atuará em campo neutro, no Estádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, por causa do veto ao Correão.
A partida começará às 16h30 e terá arbitragem de Leonardo Garcia Cavaleiro, auxiliado por Thiago Gomes Magalhães e Wendel de Paiva Gouvêa.
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