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Os encantos de Luiza Pacheco

Caçula da ex-Big Brother Fani quer ofuscar a própria beleza com um banho de talento

21 novembro 2014 - 21h22Por Filipe Rangel
Os encantos de Luiza Pacheco

FILIPE RANGEL

O cenário é o seguinte: uma casa decorada em estilo retrô, um sofá colorido, mas discreto, e duas mulheres de corpos esculturais posando para as lentes de um fotógrafo. Uma tem jeitinho brasileiro: pele bronzeada e medidas bem avantajadas. A outra, seria confundida facilmente com uma europeia, por sua pele clara, seus olhos verdes e seus traços delicados até as curvas. Uma, famosa, tem milhares de exclamações no olhar. A outra, ainda anônima, sustenta uma enorme interrogação, suscita mistério. A cena é real – trata-se do ensaio sensual da ex-Big Brother Fani Pacheco e sua irmã, publicado por um site de entretenimento no início do mês. Mas para a irmã de Fani, é mais que uma atitude ousada de pouca roupa e muito desprendimento – é o cartão de visitas de Luiza Pacheco, cantora, modelo e cabofriense. “A caçula cresceu”, brinca ela.

Luiza tinha 18 anos e estudava para o vestibular enquanto a irmã mergulhava no mundo das celebridades depois de uma controversa participação na edição de 2007 do Big Brother. Mas o universo da fama não a atrai do jeito que engoliu a irmã. Participar do BBB? Ela reluta para dizer que sim. Mas seu desejo é mesmo outro reality show: o The Voice. Reconhecimento, para Luiza, só se for pela música.

– Há três meses larguei a faculdade de Direito para me aventurar na música, que é o que eu amo. Falei para o meu pai [o juiz de direito Walnio Pacheco] que ia trancar o curso por seis meses e ver no que dava. O Paparazzo foi essencial para me dar mídia e me botar nesse meio – explicou.

Enquanto a oportunidade não aparece (mas está aparecendo, ela diz, confiante), ela ainda vive em sossego. Luiza recebeu a reportagem da Folha em sua casa, num condomínio de frente para a praia das Palmeiras, usando um short jeans, blusinha e sandálias, num estilo muito mais despojado que todo o glamour exposto em Paparazzo.

Diferente do arrebatador ‘decifra-me ou te devoro’ encarnado no ensaio, seu olhar é sereno. O sorriso, que nas fotos brinca timidamente de um lado para o outro em seu rosto, vira riso frouxo no conforto da sala de casa. Ao lado do namorado, com quem tem um relacionamento há cerca de um ano, Luiza confessa que ainda não se acostumou à rotina de entrevistas e à tortuosa trilha que leva à fama. “Ainda não tirei a sandália havaiana para calçar o salto alto”, dispara.

Hoje aos 25, a cantora nasceu na Baixada Fluminense (Uhu, Nova Iguaçu! era o bordão predileto da irmã no reality) e veio para Cabo Frio aos oito anos. Gosta do lugar, mas reclama do mercado musical. Decidida, diz que a carreira só crescerá longe daqui e mira Rio ou São Paulo. O caminho já está pavimentado pelos frutos que plantou no Paparazzo para colher na música.

– Essa projeção me levou ao produtor Rick Bonadio, e agora estou indo para São Paulo mensalmente fazer aulas de canto, fonoaudióloga e tudo isso. A expectativa é montar um repertório, e poder gravar alguma coisa – conta ela, que atualmente canta em bares no Boulevard Canal e no Joana D’Arc, no Braga, sempre norteada pela MPB de Maria Gadu, Kid Abelha e afins.

Mas claro que o salto na vida profissional tem seu preço. Luiza demorou a se acostumar com seu ensaio – as fotos, tiradas em uma sessão de seis horas em Rio Comprido, bairro da capital, mostram ela e a irmã abusando das roupas íntimas e das poses sensuais.

– Na primeira semana não saí de casa. Demorei a me acostumar e estava pensando no que as pessoas iriam dizer. É claro que tem gente chata que está sempre criticando tudo, falando barbaridades. Por outro lado, tem gente que apoia, mostra carinho. Isso me serviu para mandar um recado: “quem gostou, está comigo, quem não gostou, pode ir embora” – disse, confiante.

E depois de quase uma hora de entrevista, cai por terra a interrogação que estampa o rosto de Luiza para quem se aventura a tentar conhecê-la pelas fotos. Resposta após resposta, projetos e mais projetos, ela é definitiva no que quer para si e se orgulha de se enxergar, assim como a irmã, como uma mulher “sem pudores”. No fim, ao ser perguntada sobre o por que ter feito o ensaio, a resposta vem com um ponto final bem grande: “Porque sim”. Mais claro que isso impossível.