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O rei da pegação: conheça Gabriel D

Ex-roqueiro canta neste sábado na boate Evidence

18 julho 2014 - 22h16Por Gabriel Tinoco
O rei da pegação: conheça Gabriel D

Aos 24 anos, Gabriel Sarno Gouvêa tem um vasto repertório de festas nas noites cariocas. O cantor, que mistura hip-hop com dubstep, pretende levar o estilo de vida às pistas de dança. “Pegador”, como ele mesmo se define, o músico não tem problemas em falar sobre temas polêmicos que aborda nas letras. Ele estreia o novo trabalho da carreira solo neste sábado (19), em show na Boate Evidence. Sua primeira música, ‘Se Perde’, resume bem as baladas repletas de mulheres e regadas à bebida alcoólica.

– A sociedade é bem mais liberal atualmente. Está todo mundo se perdendo (risos). É uma coisa normal de nós, jovens, que precisamos curtir a vida também. Faço uma mistura do hip-hop com dubstep e consigo passar a minha mensagem. Quero ver a mulherada rebolando loucamente e todo mundo se divertindo. Busco levar a minha vida às pessoas – afirma o músico.

Em suas letras, Gabriel D fala, principalmente, sobre conquistar mulheres na pista de dança. O objetivo, no entanto, vem sendo enquadrado por grupos feministas como um processo de ‘objetificação da mulher’. O cantor nega que suas músicas tenham conteúdo machista.

– Não vejo as minhas músicas como machistas e querendo desrespeitar as mulheres. É uma maneira de passar a mensagem de que todos têm direito a fazer o que quiserem. Não penso em colocar pornografia nas minhas letras de maneira nenhuma. Tenho uma vida nesse estilo e posso passar o recado indiretamente. Não faço uma canção com o intuito de influenciar na criação de uma criança – defende-se.

Gabriel D nasceu após a saída de Gabriel Gouvêa, então Dent, da banda Outline. O baixista estava insatisfeito em não retratar a realidade das festas nas noites cariocas. Agora, o músico trabalha para lançar o primeiro disco da carreira solo com uma “vibe bem positiva”.

– A minha energia é mais para cima. Não conseguia transparecer isso com o rock. Tinha um dia-a-dia diferente do que eu cantava e prezo muito pela sinceridade. Quero um clima bem positivo. Sempre tive uma noção de ritmo e melodia muito boa e não enfrentei dificuldades para mudar de gênero musical. O hip-hop me dá uma identificação mil vezes maior e estou mais feliz assim – argumentou.  

A irreverência é a maior característica do cantor. Logo no primeiro clipe, filmado em uma festa, ele colocou uma folha de maconha para demonstrar outra ideologia. O músico não perde a chance de alfinetar as camadas mais conservadoras e endurece as críticas ao preconceito com os usuários da cannabis.

– Cada um sabe muito bem o que faz da sua vida. Hoje, todo mundo fuma. As pessoas precisam usar vários meios negativos para consumir. Uma vez, vi uma declaração de alguém dizendo que usuário não é criminoso e isso realmente é verdade. Temos que parar com essa discriminação e abrir mais a mente. Não usamos toda a informação para saber como devemos tratar as pessoas – disparou.

Após inúmeros shows em Cabo Frio com a banda Outline, o carioca não pensa duas vezes an-tes de elogiar o público da cidade. Para ele, os fãs recebem bem qualquer artista.

– Não tem público em todo o estado que se compare ao de Cabo Frio. Tenho histórias excelentes na cidade e guardo cada uma delas com muito carinho. Estou bem satisfeito em retornar à cidade que me recebeu de braços abertos logo no comecinho da minha carreira. Agora, a vibe vai ser bem diferente. Estaremos dentro de uma boate, onde todo mundo está para se divertir. Não posso perder a oportunidade de preparar um repertório caprichado com músicas internacionais e até uma do meu amigo Dennis Dj. Será uma chance maravilhosa para divulgar meu novo trabalho – finaliza.