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Naquela mesa, com Jessé Menezes e outros amigos

Orquestra está afinada para fazer bonito no Boteco & Chorinho

25 janeiro 2016 - 08h43Por Fernanda Carriço

O cenário não poderia ser mais propício: uma mesa de bar. À meia luz, em uma tarde chuvosa e poética, sentados à mesa o maestro Jessé Menezes, o primo e também maestro, Ângelo Budega e um dos muitos herdeiros da cultura musical da cidade, o também músico, Diego Mattos. Além do barulho da chuva, sons começam a sair do trombone, trompete e cavaquinho. A amizade que os une é cercada de histórias para contar e relembrar e, principalmente, para cantar. O encontro no Ênio’s Drinks, um pequeno templo da boemia, é para acertar detalhes do show da Orquestra Jessé Menezes, que se apresenta na próxima edição do Boteco e Chorinho, festa que a Folha dos Lagos realiza na próxima quarta-feira, 27, a partir das 21h, no Tamoyo Esporte Clube.

Na verdade, o encontro dos músicos é apenas mais um motivo para fazer um som, já que a afinidade entre eles é antiga e encontra raízes desde a Banda Santa Helena (todos participaram de alguma maneira) e na saudosa Orquestra Tropical, que nos anos 80 tocava nos grandes eventos da cidade.

– A Orquestra era formada por músicos do Santa Helena. Tocamos em toda a Região dos Lagos, em clubes de Arraial, Rio das Ostras, Macaé, em formaturas e aniversários. Fazemos trablhos em várias formações musicais, quarteto, quinteto... – explica Jessé Menezes.

Além do trio acima citado, nesta terceira edição do Boteco e Chorinho, a Orquestra vai contar com músicos como Edson Rangel, sax tenor, Rodrigo Revelles, sax alto e flauta, Walber na bateria, Alvinho no violão e Vanize Gomes na voz. No repertório clássicos do chorinho, MPB, sambas, Fox, anos 60, 70, 80 e por aí vai. Serão mais de duas horas de muita música de qualidade.

– A Orquestra toca tudo, jogamos em todas as posições do campo musical e como está perto do carnaval também entraremos nesse clima – antecipa Jessé.

Afinidade histórica

Filhos de músicos, Jessé e Budega são, além de parceiros musicais, primos. O primeiro começou a tocar profissionalmente aos 14 anos e o segundo aos 18. Diego Mattos, também precoce, aos 14. Desde então, fizeram diversos trabalhos juntos e continuam fazendo. Tanta afinidade resulta em muita harmonia na hora de tocar.

–A gente se entende no olhar – define Budega.

–Olho para o Diego e sei o que ele vai fazer. Budega me olha e sabe o que vou fazer... – entrega Jessé.

– Existe admiração e amizade e isso se traduz na cumplicidade na hora em que estamos tocando – declara Diego.

E tanta parceria é passada de pai para filho. Neste encontro, Sofia e Yuri, filhos de Diego e Jessé, respectivamente, mostram que a afinidade é herança que farão questão de manter. Cada um com um cavaquinho, posam para fotos e se interessam pelas músicas que serão tocadas.

–É a futura geração do Parókia – conclui Jessé.

Por que Parókia? Bom, a Banda Santa Helena mais uma vez presenteou a sociedade com um dos seus magníficos braços culturais. A Banda do Parókia é formada por músicos da Santa Helena, e a Orquestra Jessé Menezes, também.