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'ATALAIA'

Músico cabo-friense Ivo Vargas lança álbum nas plataformas digitais nesta sexta (11)

Trabalho é resultado do somatório de influências sonoras do artista

11 junho 2021 - 11h07Por Redação

Um artista com sua identidade musical consolidada, mas ao mesmo tempo aberto a um caldeirão de influências sonoras. É nesse contexto artístico que nasceu ‘Atalaia’, álbum de estreia do músico cabo-friense Ivo Vargas, lançado pelo selo Cantores del Mundo nesta sexta-feira (11), nas plataformas digitais e nos serviços de streaming. 

O nome que batiza o disco tem origem no idioma árabe e significa ‘lugar elevado onde se vigia, observa, uma sentinela’ termo que, segundo Ivo, resume o trabalho, pois as letras traduzem sua “observação da vida, da natureza, das relações humanas e não humanas”.  Ao mesmo tempo, trata-se de uma homenagem ao Pontal do Atalaia, em Arraial do Cabo, situado na região natal do artista. Os admiradores já tiveram um gostinho da textura musical do novo trabalho, pois já foram lançados dois singles: ‘Zo’ e ‘Sol’. 

– O disco Atalaia começou a ser criado em meados de 2017, enquanto eu estava em turnê pela Europa com um outro projeto, o Riorosa. Nesse tempo, entre a turnê e a minha volta pro Brasil, começaram as primeiras composições do disco, com uma pegada mais pop/indie rock, o que veio a criar uma unificação no disco. A minha relação com a fotógrafa Suzanna Tierie, parceira de três canções e diretora visual do disco, foi o estopim pra o começo do pensamento na identidade visual e artística do meu trabalho, intensificando assim a elaboração e materialização de Atalaia – explica o músico.

Conceitualmente, Ivo e os produtores pensaram na construção de um álbum que dialogasse com o gosto musical do artista e com o mundo, por meio de um som considerado mais ‘moderno’, com letras simples e composta também em outras línguas. O mosaico de referências resultou no que o artista batizou como ‘indie caiçara’.

–  Sempre ouvi muita música brasileira em geral, muita música do mundo, música clássica e rock and roll. O disco, sonoramente falando, é um resumo de toda essa influência que vai de Beethoven à Milton nascimento, de Milton a Radiohead, de Tom Yorke a Belchior. No começo de 2018, assim que volto da Europa, me junto com Arthus Fochi, Guilherme Marques, Diogo Sili e Gabriel Barbosa, parceiros que acreditaram no disco. A ideia já estava pronta, mas os arranjos foram criados, absorvidos e executados muito rapidamente, assim como também foram as gravações, intensas – descreve.

Se a pandemia de Covid-19 atrasou a finalização do disco, ao mesmo tempo, serviu para o amadurecimento do trabalho. Ivo considera ainda que o período serviu para a construção e a consolidação da sua identidade musical. 

Simultaneamente à produção do álbum, Ivo se dedicou aos estudos sobre Cabo Frio e à sua cultura, como forma de sedimentar essa identidade artística e pessoal.

– Eu me entendia parte disso, buscando me expressar dentro desse contexto, depois de conhecer outras culturas, a fim de reconhecer e afirmar meu lugar. Assim nasce Atalaia e o ‘indie caiçara’ – conclui.

O trabalho de Ivo Vargas pode ser apreciado nas plataformas Spotify ( https://open.spotify.com/artist/44RkIqWXdkc9K60ZGDggae) e Deezer (https://www.deezer.com/br/artist/14387991?autoplay=true) e nas redes sociais Facebook, Instagram e YouTube.

Trajetória – Nascido em Cabo Frio há 38 anos, Ivo Vargas estudou violão, canto popular e piano.  Aos 17 anos, já se apresentava em bares da cidade e da região. Aos 25, assumiu a primeira banda autoral, a performática Giras Gerais, onde começou a esboçar as primeiras composições. 

Quatro anos depois, passa a se dedicar aos estudos de música na Unirio, cursando faculdade de Licenciatura em Música. Montou a primeira banda com canções autorais compostas em parceria com amigos músicos de Niterói, onde morou por 13 anos, já projetando um primeiro disco.

O projeto de disco foi gravado em 2015 e retomado em 2021 virando um EP [‘Ivo’], com quatro faixas, lançado em janeiro desse mesmo ano pelo selo Cantores del mundo. O EP foi todo gravado em casa. De 2016 a 2018, percorreu parte da América do Sul e da Europa em turnê com o álbum ‘Riorosa’.

Ao longo da carreira também se dedicou a outros projetos, como o ‘Minhocas da Terra’ e ‘Dois Varguinhas’, este ao lado da irmã, a cantora Júlia Vargas, que também já se consolida como um dos nomes mais promissores da chamada Nova Música Popular Brasileira.