sábado, 20 de abril de 2024
sábado, 20 de abril de 2024
Cabo Frio
21°C
Park Lagos Super banner
Park Lagos beer fest
Mart

Mart exibe nesta sexta (31) filme do Cinema Novo rodado em Cabo Frio há 50 anos

'Antes, o Verão' tem imagens gravadas no Convento e no Canal do Itajuru

31 março 2017 - 09h32Por Texto: Rodrigo Branco | Foto: Reprodução
Mart exibe nesta sexta (31) filme do Cinema Novo rodado em Cabo Frio há 50 anos

Longa tem a participação de Norma Benguell e Jardel Filho, dois dos maiores artistas da época

Os cinéfilos que forem nesta sexta-feira (31) ao Museu de Arte Religiosa e Tradicional (Mart), a partir das 19h30, terão a chance de presenciar um momento histórico. A 2ª Mostra Cinema no Museu exibirá o clássico longa-metragem ‘Antes, o Verão’, do diretor Gérson Tavares. Rodado em Cabo Frio em 1967, a obra do período do Cinema Novo é uma adaptação do livro homônimo de Carlos Heitor Cony e será exibido masterizado e telecinado, isto é com qualidade de som e imagem superior ao das outras duas vezes em que o público cabofriense pôde assisti-lo.

Tavares, hoje com 91 anos, mora em Cabo Frio há 40 e desde então dedica-se apenas à pintura, arte em que iniciou a carreira. O cineasta veterano já confirmou presença no Mart para assistir à obra, que é protagonizada por dois dos principais atores brasileiros na época: Jardel Filho e Norma Benguell. Para o documentarista Lucas Muller, apesar de ser um filme do Cinema Novo, ‘Antes, o Verão’ tem estética mais apurada que outros filmes do mesmo movimento.

– A linguagem técnica é muito avançada, parecida com a das escolas francesa e italiana, consideradas as melhores da época. Na minha opinião, a fotografia desse filme é a mais bonita do Cinema Novo – opina Muller, que exibirá antes do longa o documentário ‘Depois do Inverno’ (de 20 minutos de duração), sobre a vida e carreira de Gérson Tavares.

Como muitas obras da época, ‘Antes, o Verão’ sofreu com a tesoura da Censura Federal por causa das cenas de nudez artística, o que o impediu de ser exibido por décadas. O fato só aumenta o valor histórico da obra que exibe imagens icônicas da cidade, como o Canal do Itajuru e o Convento.

– As pessoas mais antigas vão gostar muito, mas as da nova geração também – aposta Lucas Muller.