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Cultura

Governo enfrenta dia de protestos em Cabo Frio

Professores fazem passeata e fecham ponte; artistas ocupam Charitas 

09 julho 2019 - 08h38
Governo enfrenta dia de protestos em Cabo Frio

Dois segmentos descontentes com o governo municipal – professores e artistas – fizeram ontem manifestações para cobrar uma posição do prefeito Adriano Moreno (Rede) e das respectivas secretarias. Pela manhã, profissionais da Educação, que estão em greve desde sábado, fizeram um ato em frente à prefeitura no Centro para cobrar o pagamento dos salários de junho a todos os funcionários, entre outras reivindicações, como reajuste de 8% e isonomia salarial entre auxiliares de classe e inspetores de alunos.

Como num flashback do que aconteceu nos últimos governos de Alair Corrêa e Marquinho Mendes, um grupo fechou o trânsito e saiu com faixas e cartazes pelas ruas do centro da cidade para fazer as cobranças e chamar a atenção da população. Os manifestantes seguiram até a Ponte Feliciano Sodré, que bloquearam rapidamente para a passagem de veículos.

Em seguida, os servidores partiram até a sede da Secretaria de Educação, que fica a poucos metros da ponte, para cobrar um posicionamento sobre os pagamentos, mas foram recebidos apenas por um funcionário do RH. Ontem à noite, foi realizada uma assembleia na escola Edilson Duarte para discutir os passos do movimento grevista, mas a reunião não havia terminado até o fechamento desta edição.

Horas mais tarde, foi a vez de um grupo de artistas locais novamente manifestarem o descontentamento pela exoneração da ex-secretária de Cultura Meri Damaceno e a nomeação de Milton Alencar Junior para o cargo. Os manifestantes ocuparam as dependências do Charitas no meio da tarde de ontem. Quando o grupo chegou, o novo secretário estava no gabinete conversando com a equipe, mas não houve incidentes. 

Os artistas criaram um grupo intitulado Sociedade de Artistas Livres de Cabo Frio (SAL), que divulgou nas redes sociais um manifesto em repúdio ao novo secretário. O documento também exige a retratação do prefeito sobre a afirmação de que a saída de Meri teria sido pedida pela classe artística; além da realização de audiência pública para o estabelecimento de compromissos por parte do governo; a nomeação dos conselheiros de Cultura eleitos em maio e a publicação da alteração feita no Regimento Interno, feita em março.

“A ocupação contínua da Casa de Cultura José de Dome - Charitas ocorrerá até que nossas reivindicações sejam atendidas pelo Prefeito Adriano Moreno. Será uma ocupação de caráter cultural, com uma programação artística diversa, gratuita e aberta ao público, incluindo também debates sobre políticas culturais. A ocupação não irá interferir nos eventos já agendados e no acesso dos visitantes e trabalhadores do espaço”, diz o manifesto.
Até o fechamento desta edição, a prefeitura não havia se manifestado sobre nenhum dos dois movimentos.