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Fesq

Fesq: a resistência da arte

Festival conta com 21 grupos para mostra competitiva

19 outubro 2016 - 19h19Por Gabriel Tinoco I Foto: Divulgação
Fesq: a resistência da arte

Há mais ou menos uma década, a arte provou que constrói pontes em Cabo Frio. O Festival de Teatro e Artes de Cabo Frio (Fesq), em sua 14ª edição, mostra que grupos do país inteiro atravessam fronteiras e se unem aos artistas locais em nome da cultura. O festival, que começou ontem, se estenderá até o sábado e tem atividades para Teatro Municipal, Praça Porto Rocha, Praça da Cidadania e quiosque Chapelão, na Praia do Forte.

O teatro recebe, como sempre, a mostra competitiva que reúne grupos de todo o Brasil. As praças terão as atividades do Fesq Rua, com apresentações gratuitas. Já no Chapelão, na Praia do Forte, vai rolar mais uma vez o Fesq Música, com shows após a programação no teatro. A organização estima que a 14ª edição reunirá cerca de 3 mil pessoas. No teatro, a programação começa diariamente às 20h. Os ingressos de quarta a sexta custam R$ 16 (inteira). No sábado, R$ 20 (inteira). Em todos os dias quem levar 1 kg de alimento paga meia-entrada.

No Fesq Rua as atividades serão sempre a partir das 16h30. Hoje – assim como ontem –, a programação será na Praça Porto Rocha, com apresentações do Grupo Imaginário e do Teatro Cabofriense de Comédia (TCC). Na sexta, os mesmos grupos se apresentam na Praça da Cidadania. No sábado será a vez dos palhaços Tatuí e Mixirica se apresentarem na Praça da Cidadania, que fica em frente ao Teatro Municipal, na orla da Praia do Forte.

Dificuldades – Os empecilhos financeiros foram, pela primeira vez, um motivo para que o Fesq não acontecesse em 2016. Mesmo sem premiação em dinheiro e ajudas de custo, a adesão de 21 grupos provou que o evento poderia acontecer – os prêmios serão distribuídos através de troféus e certificados. O edital pode ser conferido no site do evento (www.fesqcabofrio.com). Como de costume, haverá alojamento gratuito para os participantes.

– A novidade deste ano é a resistência. Fiquei muito surpreso, num ano com pouco recurso, com uma realidade muito brusca economicamente, com a grande adesão dos grupos. Não tem dinheiro, não tem ajuda de custo, e, mesmo assim, os artistas estiveram lá, firmes e fortes. Entendo que se deslocar, seja de outra cidade, seja de outro estado, gera um gasto de dinheiro muito grande. Mas eles mostraram que vêm compartilhando esse ideal de resistência – desabafou Yuri Vasconcellos, um dos organizadores.

O também organizador Ravi Arrabal demonstrou contentamento pelo interesse de grupos vindos de fora da cidade. 

– O festival é um projeto que acontece há 14 anos de forma ininterrupta. O Fesq já passou por muitas dificuldades por causa da falta de apoio da iniciativa privada ou porque ora o Poder Público apoia, ora não apoia. Sabemos de toda a dificuldade do mercado neste ano, dos problemas para captar recursos, e chegou um ponto em que não realizaríamos o Fesq. No momento em que as inscrições foram abertas, vimos uma adesão muito forte de grupos do Paraná, de Fortaleza, de São Paulo, de Minas Gerais... É caro para muita gente, mas é um evento muito importante para a realização teatral da cidade – argumenta.