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Conselho do Patrimônio volta à ativa e tenta por trabalho em dia em Cabo Frio

Rumores de que antiga estação de trem do Jacaré seria demolida são desmentidos

15 julho 2017 - 13h28
Conselho do Patrimônio volta à ativa e tenta por trabalho em dia em Cabo Frio

Trabalhar com patrimônio histórico em Cabo Frio não tem sido uma tarefa fácil. Além das recentes depredações, que obrigaram a prefeitura a buscar parcerias para os reparos, é grande o volume de processos de tombamento ou pedidos de demolição de imóveis e instalações. Para dar conta do trabalho, a secretaria municipal de Cultura reativou o Conselho de Patrimônio, órgão que serve justamente para dar tratar dessas questões.

O grupo formado por técnicos reúne-se toda última terça-feira do mês. O presidente do conselho é o próprio secretário de Cultura, Ricardo Machado.

– Fizemos três reuniões até agora. Estamos discutindo processos de construção e demoli- ção de áreas tombadas. Está em fase de análises. Quem decide é o conselho, que não é um grupo político e sim técnico. Não vamos conseguir resolver quatro anos de abandono em três meses – diz Chopinho, como é conhecido.

Quem passa por alguns pontos como a Fonte do Itajuru, por exemplo, percebe o estado de abandono ao qual foi relegado o patrimônio cultural da cidade nos últimos anos. Para o arquiteto Ivo Barreto, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), faltaram políticas públicas que valorizassem os bens históricos, agregando-os ao turismo.

– Nosso patrimônio, muito antigo e importante, nunca foi utilizado na estratégia turística. Poderia ser fator de qualificação para economia e de identidade para o cabofriense. Nos momentos de crise são momentos de refletir outro tipo de turismo regional – pondera.

Estação de pé – Ontem, chegaram a circular rumores de que o imóvel onde funcionava a antiga estação ferroviária de Cabo Frio, que fica no Jacaré, seria demolida. No entanto, confirmado mesmo, apenas que o prédio está à venda. Por ele e pela área, o proprietário está pedindo R$ 7 milhões. Segundo os corretores responsáveis, a ideia de botar abaixo a histórica construção, de 1936, nunca passou pela cabeça do dono.

– O prédio é tombado, ele sabe que não poderia fazer isso, se quisesse – disse um dos corretores.