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RECONHECIMENTO

Colunistas da Folha assumem cadeiras na Academia Cabo-friense de Letras

Paulo Cotias, Andréa Rezende e Ivo Barreto são os novos 'imortais' da instituição literária

15 maio 2021 - 15h53Por Rodrigo Branco

Das páginas dos livros e de artigos científicos para a imortalidade. Em processo de renovação, a Academia Cabo-friense de Letras (ACL) acaba de incluir aos seus quadros os nomes dos professores e escritores Andréa Rezende, Paulo Cotias e Ivo Barreto que, além da produção literária de relevância cultural para a região, mantêm relação estreita com o jornal Folha dos Lagos, do qual são colunistas, e com a Sophia Editora, seja pela publicação de obras ou participação em lives. A solenidade de posse foi na semana passada, de forma virtual, por causa da pandemia do novo coronavírus.

Andréa agradeceu a indicação recebida da educadora e escritora Rosana Andréia e se disse disposta a contribuir em favor da difusão, valorização e fomento da Literatura na nossa região.

– Ser indicada à ACL é uma celebração na minha trajetória literatura. Sou membro de outras Academias, inclusive a Alacaf [Academia de Letras e Artes de Cabo Frio], também em Cabo Frio, e sou uma das coordenadoras do coletivo Flores Literárias na região. A   Literatura é parte de mim, da minha trajetória profissional, pessoal e artística.  Não sou cabo-friense, mas me sinto inserida no contexto cultural da cidade há alguns anos, primeiro como educadora, depois como escritora. Integrar a Academia mais antiga da cidade é uma honra, visto o valor histórico, memorialista e cultural da instituição.

Outro que acaba de vestir o ‘fardão simbólico’ da ACL, Cotias demonstrou orgulho pela oportunidade de ocupar uma cadeira da instituição literária, que foi fundada em 1975. 

Dedicado à produção acadêmica de viés histórico e político, o professor também assina uma coluna semanal na Folha e tem dois livros publicados pela Sophia Editora [‘Salinas’ e ‘Folha dos Lagos – Quando a Notícia Vira História’].

– Eu me sinto muito honrado e feliz por fazer parte dessa importante e histórica academia. Creio ser o sonho de todo o autor. A academia terá um papel muito importante na nossa sociedade como difusora de esperança, otimismo, cultura e arte. Isso sem falar na sua missão natural de abrigar e favorecer as nossas letras e causas fundamentais como à Biblioteca Walter Nogueira e o nosso primeiro romancista brasileiro Teixeira e Souza. Agradeço à amiga querida Rose Fernandes pela indicação e a todos os amigos e amigas que me acolheram com muito carinho. Vamos ao trabalho. A imortalidade é a das coisas boas que deixamos. Que sejam muitas – festeja. 

Rose Fernandes também foi a responsável pelo convite ao professor, arquiteto e urbanista Ivo Barreto, organizador dos textos que estão no livro ‘Cabo Frio Revisitado – a memória regional pelas trilhas do contemporâneo’, recentemente lançado pela Sophia. Em 2016, publicou com outros autores, pela editora Escrituras, a obra ‘#400vezesCaboFrio: memória e território em 400 imagens e centena de olhares’.

Com diversos artigos publicados na área de Arquitetura e Patrimônio, Ivo mostrou surpresa pela indicação, mas ressalta que  aproximou a linguagem literária do grande público nos últimos anos, após quase duas décadas de dedicação à pesquisa acadêmica e da experiência na gestão pública [foi chefe do Escritório Técnico do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Região dos Lagos 2009 a 2013 e foi superintendente do Iphan no Estado do Rio de Janeiro entre 2013 e 2015]. 

– Quando veio o convite, comecei a refletir um pouco sobre os objetivos do que eu tenho escrito e o que acho que foi importante nessa avaliação é que talvez o motivo tenha sido o público. O meu esforço nos últimos anos é escrever sobre patrimônio, arquitetura e cidade, mas voltado para um público mais amplo. Embora eu me dedique a artigos científicos e a livros que são dedicados a um público especifico de arquitetura e patrimônio, os meus textos dos últimos anos têm sido dedicados a um publico mais aberto, no intuito de dar conhecimento de um material que muitas vezes fica restrito a um público muito especializado e, na minha opinião, isso dá muito mais sentido a própria existência das pessoas e ao convívio das pessoas em sociedade – teoriza Ivo, que constante contribui com artigos para o jornal.