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Biblioteca Municipal

Biblioteca Municipal se firma na nova sede, em São Cristóvão

Diretor Anderson Macleyves diz que novo espaço já caiu nas graças de estudantes e moradores

27 outubro 2017 - 10h04Por Texto e foto: Rodrigo Branco
Biblioteca Municipal se firma na nova sede, em São Cristóvão

Com acervo de cerca de 25 mil livros, a Biblioteca Municipal de Cabo Frio se consolida em novo endereço, à Avenida América Central 200, em São Cristóvão, com extensa programação que inclui lançamento livros, palestras, concursos literários e cursos diversos. Embora a mudança de sede tenha recebido críticas – a biblioteca funcionava no Solar dos Massa, no Centro, e passou um período na Avenida Júlia Kubitscheck, perto da rodoviária –, o diretor Anderson Macleyves garante à Folha que o espaço atual já caiu nas graças de moradores e estudantes.

Folha – O que você destaca como positivo e o que pretende melhorar?

Macleyves – Como ponto positivo destaco o atendimento ao leitor, porque na nossa equipe há funcionários capacitados, não apenas em atendimento, mas em restauração de livros. A comunidade está sempre interessada em participar. Agora, apesar de tudo, de crise, a gente conseguiu mexer fisicamente no espaço para adequá-lo e deixá-lo confortável. Mas ainda falta alguma coisa. A nossa preocupação é com a chegada do verão.

Folha – O público já se acostumou ao novo local?

Macleyves – Aqui não é centro, mas é a Avenida América Central. São Cristóvão é o bairro que está mais próximo da entrada e da saída de Cabo Frio, de Arraial do Cabo e em meio ao fluxo dos terminais de ônibus e das universidades. Então, a gente tem um fluxo muito grande, que nos faz receber uma média de mil visitantes por mês. Esses visitantes, em sua maior parte, são estudantes (70%) e 30% de pessoas da comunidade. Aos poucos estamos migrando os associados de muito tempo. A biblioteca passou um período, desde que saiu da Porto Rocha, num espaço em frente à Ferlagos, onde ficava mais isolada. Ali não tinha fluxo. Era um espaço escuro e escondido. Quando viemos para cá, os estudantes e os moradores se entusiasmaram.

Folha – Dá para se trabalhar com a ideia de que aqui será sede definitiva da biblioteca?

Macleyves – Aqui será biblioteca definitiva, sim. É um espaço alugado, mas é a longo prazo. É interessante que a biblioteca passe a ser aqui. A gente tem um fluxo bom e muito participativo.

Folha – Como está a questão do acervo de obras raras da cidade? Serão levadas para a Morada do Samba?

Macleyves – A Morada do Samba é uma coisa que está mais vinculada ao Solar dos Massa. Fizemos uma transferência oficial e documentada das obras raras, que são efetivamente raras. Ainda temos obras em processo de pesquisa para identificação. Mas as 394 obras raras estão disponíveis no Solar dos Massa, mas há um projeto para que o arquivo público funcione na Morada do Samba. Então, possivelmente as obras fiquem lá. Mas pelo fato de a biblioteca já ter sido no Solar, talvez continue a abrigar as obras raras e apenas o arquivo público vá para a Morada. Pessoalmente, acredito que as obras raras devam ficar no Solar dos Massa. Temos que esperar e preparar o local, que precisa de investimento. É preciso que esteja preparado contra umidade, contra o calor. Tem que esperar melhorar um pouquinho a crise.

Folha – Como surgiu a ideia dos cursos e qual a importância para formação do público?

Macleyves – O grande motivo para colocar os cursos aqui é gerar um fluxo diferenciado para que a biblioteca conseguisse, já que somos guardiões do conhecimento, transmitir esse conhecimento. Com os cursos, a gente assessora o conhecimento.

Folha – Quais os projetos de curto, médio e longo prazos?

Macleyves – Tivemos recentemente a feira literária infanto-juvenil. Foi reduzido, mas, por falta de maior estrutura, a gente trouxe para cá e ainda conseguimos fazer uma dimensão boa, onde 800 pessoas usufruíram do movimento da feira, porque foi a média de pessoas que passaram por aqui. Nós, além da feira, temos três novidades este ano: o concurso literário Halloween, de contos de suspense e de terror, aberto à comunidade. Em novembro, vamos fazer dois ciclos de palestras que remetam à história da cidade, pois é o mês de aniversário. Também vamos exibir na semana da consciência negra um curta produzido por alunos do curso de teatro.