Em 2005 o Corinthians teve a maior receita de patrocínio do futebol brasileiro, R$ 42,7 milhões. 20 anos depois esse posto vem sendo ocupado pelo Flamengo que hoje recebe R$ 250 milhões por ano.
Tanto dinheiro em 2005 fez o árbitro Edílson Pereira de Carvalho vender resultados por quantias que variavam entre R$ 10 e 20 mil por jogo. Isso é o que ele mesmo relata na série documental Máfia do apito onde chega a dizer: “O árbitro manipula se ele quiser. O jogo que ele quiser. Porque é fácil.”
Naquele ano, jogos foram investigados. Árbitros suspensos. Resultados manipulados. Mas, no fim, o título permaneceu com o Corinthians. Hoje, o volume de dinheiro investido aumentou tanto, que é difícil acreditar não haver intervenção que favoreça fulano em detrimento de beltrano.
Nesse sentido, os árbitros, em campo e nas cabines do VAR, engordam o tamanho das pulgas que saltam atrás das orelhas dos torcedores. E sim, fica na boca de todos - que já não é mais miúda - a zombaria de que todo campeonato já começa com um campeão, ou seja, o time que fará alguém ganhar mais.
Em tempos de BETs (sites de apostas esportivas legalizadas) é cada vez mais difícil acreditar que um árbitro amador (sim, os árbitros são os únicos em um campo de futebol profissional que ainda são amadores!) não fique um pouquinho mareado entre as grandes vagas de um mar de dinheiro.
Os árbitros entregam um serviço ruim. Mas a CBF não faz nada para melhorar isso. E os clubes são sonsos. Só reclamam quando o erro os prejudica. Quando os beneficia, o silêncio convém.

