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Aos 25 anos, vice-prefeito eleito de Cabo Frio é o mais jovem do Estado do Rio

Felipe Monteiro: ‘O prefeito me ouve o tempo todo’ 

11 julho 2018 - 09h23
Aos 25 anos, vice-prefeito eleito de Cabo Frio é o mais jovem do Estado do Rio

RODRIGO BRANCO

Aos 25 anos, Felipe Monteiro será, em alguns dias, o vice -prefeito mais jovem do Estado do Rio. Mas ele demonstra tranquilidade para falar da função. Em raro espaço no intervalo da agenda de transição, Felipe falou da reportagem como será sua atuação no governo e disse que o prefeito eleito, Adriano Moreno lhe dá abertura para ajudar na tomada de decisões.

Ele também garante que não houve mágoas por ter sido a terceira opção para compor a chapa. Por fim, ele garante estar preparado para o desafio de ajudar a governar a cidade.

– A gente sabe a grandeza que é ser vice-prefeito de Cabo Frio. Eu me preparo todos os dias. Não comecei a me preparar agora. Ouço pessoas capacitadas e, diariamente, a população, como sempre fiz.

Folha dos Lagos – Qual tem sido seu papel durante a transição de governo?

Felipe Monteiro – Nosso papel é auxiliar o prefeito eleito a fazer o melhor por Cabo Frio e isso começa no processo de transição, para a gente saber, na prática, quais são os reais dile- mas da administração pública e como colocar nosso programa de governo em ação para refazer o município.

Folha – Quem é o Felipe Monteiro? Felipe – Eu sou ex-presidente da União Cabofriense dos Estudantes. Fundei esta instituição, pela qual a gente conquistou o passe livre aos sábados. Criamos diversos grêmios estudantis e centros acadêmicos pelo município. Sou presidente do PC do B há um ano e fui o candidato a vereador mais votado da coligação, em 2016. E hoje estou vice-prefeito de Cabo Frio.

Folha – Como será sua participação no governo? Você já declarou que não quer ser secretário...

Felipe – Eu optei auxiliar o prefeito em todas as suas demandas e, para isso, achei que deveria ocupar apenas a função de vice-prefeito. O momento é para isso. A gente foi eleito para fazer um novo momento para o município, rompendo um ciclo de 22 anos. Por isso, preciso es- tar concentrado na tarefa de ser vice-prefeito e estou junto com Doutor Adriano, criando mecanismos para mudar a nossa cidade. A gente tem um desafio muito grande, sobretudo na Educação e na Saúde.

Folha – Ele já te deu abertura para ouvir suas ideias?

Felipe – Ele já nos deu total abertura em todos os assuntos do governo. Tem sido muito leal e cordial e atendido totalmente às nossas demandas. A gente tem construído diálogo permanente para construir um governo enxuto e, de fato, para todos, independentemente de bandeira político-partidária.

Folha – Na campanha foi preciso aparar alguma aresta pelo fato de você ter sido a terceira opção para a vaga de vice?

Felipe – De maneira nenhuma. O PC do B nunca pleiteou a vice-prefeitura. Pelo contrário, o PC do B defendia a unificação da oposição cabofriense. Temos manifestos que provam isso. Como essa unificação não foi possível, aceitamos o convite do Doutor Adriano de sermos o vice-prefeito.

Folha – Você tem sugerido ou indicado nomes?

Felipe – Temos contato permanente com o prefeito sobre diversos nomes. Ele me ouve o tempo todo, nas mais variadas pastas. A gente tem falado de pessoas técnicas e capacitadas para determinados setores da prefeitura.

Folha – O que pensa para sua área, que são as políticas para os jovens?

Felipe – A gente tem uma batalha muito grande, que é trazer uma universidade pública para o município. Também queremos criar grandes espaços de conversação popular, com ‘wi-fi’ para todos. Queremos ainda criar institutos técnicos-profissionalizantes. Há também a questão de fazer mutirões para atender a juventude em áreas específicas, como a Saúde, Criança e Adolescente e Assistência Social, até a criação de uma Casa do Estudante. Temos o desejo muito forte de fazer uma transparência nessa pasta, que não tivemos nos últimos anos.