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Shopping Park Lagos estuda projeto de ampliação

Empreendimento pode "crescer para os lados" nos próximos anos

19 fevereiro 2019 - 11h47
Shopping Park Lagos estuda projeto de ampliação

Com a expectativa da chegada de uma grande loja de departamentos para breve e promessa de ocupação total até o fim de 2019, o Shopping Park Lagos, em Cabo Frio, tornou-se oásis de bons negócios em meio à crise. Os resultados são tão expressivos que uma obra de ampliação do empreendimento está sendo estudada, revela à Folha o superintendente Ricardo Rodrigues.

“Ainda vem muita novidade por vir. O shopping é um organismo vivo. Ele não pode parar. Se parar, enferruja”, diz ele, nesta entrevista.

Para comemorar, tem programação de Carnaval batendo à porta. Além do Santo Samba, o aclamado grupo Mulheres de Chico vai se apresentar no Dia Internacional da Mulher, 8 de março.

Folha dos Lagos – Em uma entrevista no final de 2017, você projetou que o Shopping Park Lagos ia crescer. E realmente o Shopping cresceu muito...

Ricardo Rodrigues – É verdade! Realmente, as projeções se confirmaram. A gente chegou aqui em abril de 2016 com a administração da Argo. Tínhamos 70 lojas vagas. Hoje temos 20, com crescimento de fluxo em 2017 de 25% e, em 2018, em relação a 2017, de 20%. Em janeiro já crescemos 20% em relação ao ano passado. Então, as projeções se confirmaram. O ano de 2018 foi excelente, e para 2019 nossa projeção é que seja melhor ainda.

Folha – Mesmo diante da crise que tivemos em 2018, o shopping continuou apresentando crescimento?

Ricardo – A gente foi na contramão. Para você ter ideia, em 2018 assinamos 30 novos contratos. Então, 30 novas lojas inauguraram ou ainda estão pra inaugurar. A gente ainda tem uma loja para inaugurar, que é um restaurante especializado em frutos do mar, que deve abrir dentro de um mês e meio. Tivemos um crescimento de fluxo de veículos de 20% e um crescimento absoluto de vendas de 35%. Acho que em lugar nenhum do Brasil houve esse crescimento como aqui.

Folha – Ao que você atribuiu isso?

Ricardo – Ao trabalho árduo. A gente chegou com o Shopping Park Lagos desacreditado na região, desacreditado pelo lojista. O nosso intuito, logo de cara, foi melhorar algumas coisas que não funcionavam no início, como acesso do cliente ao estacionamento do shopping e, depois, o esforço comercial de trazer novas marcas. Trouxemos o Supermarket, trouxemos a Caçula. Marcas de nome. Imaginarium, Werner... A meta para 2019 é que
a gente termine o ano sem nenhuma loja vaga. Até já começamos a pensar numa possível expansão do shopping para 2020 ou 2021...

Folha – Como seria essa expansão? 

Ricardo – Para cima a gente não pode, pois o plano diretor não permite. Então, seria para o lado. Temos alguns estudos, que vão
começar a ser analisados, para dar início ao projeto. Quem sabe para final de 2020 ou início 2021.

Folha – E essas 20 lojas que ainda estão vagas... Quais são as novidades que vocês estão trazendo?

Ricardo – Assinamos agora com o Mundo Verde, que já tem unidade no Centro e está vindo para o Park Lagos. Eu não posso anunciar, mas estamos na fase final de assinatura de contrato de uma grande loja. Na verdade, é a loja mais pedida pelo cliente do Shopping. Provavelmente vem esse ano. Estamos na fase final. Temos outros restaurantes também. A gente quer focar muito em restaurante e marcas cariocas e nacionais bem fortes, para qualificar o mix e elevar um pouquinho o nosso padrão. A gente acha que tem esse público aqui na região. E serviços. A nossa briga diária é de trazer um serviço bancário lotérico para dentro do Park Lagos.

Folha – O shopping, definitivamente, virou uma opção de lazer do cabofriense e dos moradores da Região....

Ricardo – A gente entende que qualificando e cada vez mais complementando esse mix de lojas, serviços, gastronomia e entretenimento, por exemplo, como foi a expansão do cinema com as duas salas premium, o shopping vai ser um atrativo. Ele não vai concorrer com os atrativos naturais da Região dos Lagos, principalmente daqui de Cabo Frio, que são incríveis. Ele vai complementar o que antes não tinha. A gente teve um fluxo histórico de turistas em dezembro. Tem espaço para todo mundo. Deixamos a cidade cada vez mais completa com o shopping forte. A gente tem o turismo das belezas naturais, que são nossas praias. O turismo histórico está sendo cada vez mais bem trabalhado com a parceria com as universidades da região. E você vai ter também um complemento com um turismo de compras, gastronomia e lazer. Isso só fortalece Cabo Frio.

Folha – As perspectivas para 2019 para o shopping são as melhores, então?

Ricardo – São as melhores. Entendemos que vai ser melhor do que em 2018. Tem restaurante inaugurando, tem grande loja chegando e qualificação de mix. Eu não tenho a menor dúvida. Em janeiro, para você ter ideia, foi o nosso maior da história. Chegamos a 160 mil veículos. Fora, obviamente, que a gente sabe que não comporta todos os veículos aqui dentro do shopping. O entorno também fica ocupado.

Folha – Como vai ser a programação do shopping para o Carnaval?

Ricardo – Do dia 1º de março até o dia 10, contaremos com o Park Folia. Vai ser um evento que vai acontecer nos gramados ali em frente à lagoa. Um evento de gastronomia e de muito entretenimento e Carnaval para a família. No dia 1º de março temos o Santo Samba; no domingo, dia 3, a gente tem o bailinho infantil; na terça, dia 5, tem o Santo Samba de novo; e estamos trazendo uma atração inédita para o dia 8 de março, na sexta-feira, que é o bloco de carnaval Mulheres de Chico, que vai se apresentar em comemoração ao Carnaval e ao Dia Internacional da Mulher. O pessoal pode seguir as nossas redes sociais, que vamos lançar a programação. Vamos ter Carnaval raiz com muita marchinha, com bloco, gente fantasiada, família.

Folha – Quais são os outros eventos previstos para 2019?

Ricardo – O Park Lagos já tem o histórico de trazer eventos inéditos para a região. Temos os eventos que acontecem semanalmente como a feira agroecológica, em parceria com a Disseminar, e a feira de adoção de cães e gatos que acontece uma vez por mês. Ainda vem muita novidade por vir. O Shopping é um organismo vivo e ele não pode parar. Se parar, enferruja. E a gente não fica parado nunca.

Folha – Apesar de todo esse otimismo, ainda vivemos um momento econômico incerto. Quais são as suas perspectivas?

Ricardo – Ainda não temos uma visão clara do que o governo federal e estadual vão colocar em prática. Escutamos muita especulação, mas ainda não tem nada  efetivamente, a meu ver, apresentado e começando a ser implantado. Então, obviamente, ficamos um pouquinho mais receosos. Mas estamos sentindo que o empresariado está mais otimista. Temos uma região linda, um shopping lindo. Não tem porque ser diferente. Todo mundo depende de uma política macroeconômica federal, mas aqui em Cabo Frio ficamos um pouquinho menos dependentes. Nossa expectativa é que, independente do que está sendo ou não apresentado pelos governos, o município volte a ter uma receita maior com os royalties de petróleo. Esperamos que com isso e também com a volta de funcionamento do Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro] venha um resultado positivo para Cabo Frio.

Folha – Quais as demais melhorias para 2019?

Ricardo – O Park Lagos está em um bom momento. Tenho certeza que nossos clientes estão felizes, que o nosso lojista está feliz. A gente tem um desenho para 2019 de melhorar um pouco a infraestrutura do shopping. Nossos clientes vão ver algumas obras acontecendo: finalização de claraboias, arrumação dos espelhos d’água, que não foram uma prioridade quando a gente assumiu a gestão. No início, nossa prioridade era dar mais conforto para o lojista e para o cliente, trazer mais loja para o shopping, torná-lo mais atrativo... Agora, vamos resolver os problemas que existem. Por isso, vai ter muita obra de infraestrutura acontecendo. Isso eu posso garantir. O Shopping vai ficar mais atrativo, charmoso e gostoso do que já é.