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Nas ruas, cabofrienses manifestam esperança na Economia com Temer

Entrevistados da Folha acreditam que presidente interino vai superar crise financeira do país

13 maio 2016 - 11h29
Nas ruas, cabofrienses manifestam esperança na Economia com Temer

Em discurso como presidente, Temer destaca qualidades do brasileiro (Agência Brasil)

Após o comunicado do afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, alguns moradores de Cabo Frio olham para o impeachment como um belo horizonte para o Brasil. Em enquete nas ruas, a Folha encontrou pessoas que não relutaram em demonstrar otimismo o afastamento de Dilma Rousseff, substituída interinamente por Michel Temer. Elas esperam que uma nova gestão da economia alivie a onda de desemprego.

O Senado aprovou o impeachment da presidenta com 55 votos a favor e 22 contra. Dilma é afastada no segundo mandato, um ano e quatro meses após a eleição. A sessão durou quase um dia. Temer assumiu o cargo interinamente na tarde de ontem.

– Se o impeachment aconteceu, é porque a presidente fez algo de errado. Não é uma questão de ser bom ou ruim. Está na Constituição. Faz parte da regra. Independente disso, vai melhorar. O antigo governo não fazia nada para sair dessa crise. Acredito que vá melhorar, caso contrário, o novo governo também deve ser deposto – disse o aposentado Válter Silva.

Quem sente na pele as consequências da crise econômica é o vendedor Wellington da Silva, 28. Ele afirma que ninguém tem mais dinheiro para consumir.

– É preciso urgentemente melhorar essa crise. As vendas estão muito ruins. Ninguém compra absolutamente nada. Não preciso nem comentar o desemprego, que gera a fome. Além disso, estão roubando demais – contesta.

O também vendedor Rafael Pinheiro, 31, não esconde o otimismo. Afinal de contas, segundo ele, “não tem como piorar”.

– A situação está muito ruim. Não tem como piorar. Com esse novo governo, temos a chance de melhorar a economia. Estamos num momento em que é preciso entrar capital no país. Os vendedores estão sofrendo pela falta de dinheiro das pessoas.

O aposentado João Freitas, de 74 anos, acredita em uma possível melhoria com a troca de governos, mas teme pelos ânimos exaltados pelo impeachment.

– Vai melhorar. Mas os petistas não vão deixar isso barato. Estou prevendo uma onda de greves e manifestações pelo país por causa da saída da presidente. Normalmente, os partidários do Lula e da Dilma são muito ferrenhos e não vão deixar o novo governo em paz. Temo que, por conta disso, tenha até uma intervenção militar.

Já a gari Elizabeth dos Santos, 40, se mostra contente com o afastamento.

– Não posso afirmar que vai melhorar algo. Mas a Dilma fez muita coisa errada. Espero que o país tome um rumo diferente – finalizou, esperançosa.

Temer pede confiança e conta com ajuda do povo

Em suas primeiras palavras como presidente interino da República, Michel Temer, disse que o povo brasileiro há de “prestar sua colaboração para tirar o país” da crise em que se encontra, mencionou entusiasmo dos políticos que o prestigiam e voltou a falar que é “urgente pacificar a Nação” e “unificar o Brasil”.

Após dar posse aos novos ministros de seu governo, que comporão uma equipe menor, Temer citou algumas vezes a necessidade de recuperação da economia. Segundo ele, é “urgente” fazer um governo de “salvação nacional”.

“O povo brasileiro há de prestar sua colaboração para tirar o país dessa grave crise em que nos encontramos. O diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos desafios para avançar e garantir retomada do crescimento”, afirmou Temer, mencionando também a necessidade de partidos políticos e lideranças da sociedade civil participarem.

“Minha primeira palavra ao povo brasileiro é a palavra confiança. Confiança nos valores que formam o caráter de nossa gente, na vitalidade de nossa democracia, na recuperação da economia nacional nos potenciais do país, em suas instituições sociais e políticas e na capacidade de que unidos poderemos enfrentar os desafios deste momento que é de grande dificuldade”, afirmou o presidente interino.