Sejam quais forem os planos dos prefeitos da região para o próximo mandato, os royalties do petróleo deverão, obrigatoriamente, ter peso menor no planejamento financeiro dos municípios que tanto dependeram desses recursos nos últimos anos. De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, até o segundo semestre de 2017 o preço do barril até deve subir dos atuais US$ 50 para US$ 60, mas longe dos patamares dos áureos tempos, quando chegou a bater a marca de US$ 120.
Como alternativa, após a gastança dos últimos anos, as prefeituras terão que apertar os cintos para colocar as contas em dia. Para o economista Alfredo Renault, do departamento de Economia da PUC-RJ, as administrações municipais terão que fazer o dever de casa que não foi feito anteriormente.
– Os municípios da região sentiram a crise no setor de petróleo e gás de maneira muito
Instituição financeira com 208 anos de fundação, o Banco do Brasil anunciou uma reestruturação que prevê, entre outros pontos, o fechamento de 781 das 5.430 agências que funcionam atualmente em todo o país.
Desse total, 402 unidades serão desativadas, enquanto 379 serão transformadas em postos de atendimento, apenas com caixas eletrônicos. Outras 51 agências começaram a ser fechadas em outubro.
Simultaneamente ao programa de demissão voluntária, aberto a cada dois anos, também será estimulada a aposentadoria dos cerca de 18 mil funcionários que já reúnem condições de sair da ativa. Para esses, o plano de adesão voluntária vai até 9 de dezembro.
Para incentivar a adesão, entre outras vantagens, o banco vai oferecer valor correspondente a 12 salários, além de indenização por tempo de serviço, que varia de um a três salários, dependendo do tempo de empresa.
O banco estatal não informou quantas agências serão fechadas no estado do Rio, mas segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Niterói e Reguão, Suez Santiago, a categoria deverá organizar protestos contra a decisão de fechar as agências e uma eventual tentativa de privatizar a instituição.
Se para os gestores públicos, o panorama dos royalties não é dos mais animadores, no que diz ao setor de petróleo e gás com um todo, a situação é vista com mais otimismo. Para os especialistas, o mercado ficará mais aquecido até o segundo semestre do próximo ano para as empresas que atuam na Bacia de Campos. As mudanças na legislação, que abrem o pré-sal para o capital privado, e as muito heterogênea. Mas, de forma geral, todos terão que se concentrar na diminuição dos custos e na adequação à uma nova realidade de reequilíbrio fiscal, balanceando receitas e despesas – disse Renault.
O também economista Gilberto Soares, coordenador do Sebrae no Norte Fluminense prefere não usar o termo ‘pós-petróleo’, mas ressalta que é necessário incentivar atividades que gerem receitas complementares para os municípios. Ele aponta a vocação turística de Cabo Frio e das cidades vizinhas como saída para sair do sufoco e destaca a necessidade de evitar antigos erros.
– Que isso sirva de lição e o poder público saiba administrar melhor os royalties, que são um recurso finito e volátil. O planejamento tem que ser mais pé no chão. Criaram custos fixos para receitas que são variáveis. A receita diminuiu e agora estão de pires na mão. Agora é preciso aproveitar a riqueza do petróleo para gerar riqueza como um todo – avalia.
*Leia a matéria completa na edição desta terça-feira da Folha dos Lagos